Meia revela que Oswaldo de Oliveira usou ambas formações no Japão, e adaptação não será problema: 'O importante é que ele confia em mim'
Por André Casado e Thales Soares Rio de Janeiro
Com a perda de meias, lesionados, a boa fase de Herrera e a aproximação da reestreia de Jobson, começa a surgir uma tendência para que Oswaldo de Oliveira modifique o esquema utilizado no Botafogo desde seus primeiros passos, em janeiro. O 4-2-3-1, efetivo em alguns momentos, posto em xeque em outros, pode abrir mais espaço ao 4-4-2, como foi na semifinal da Taça Guanabara, quinta-feira passada, contra o Fluminense, em que o argentino variou entre os setores.
No momento, sabe-se que Fellype Gabriel ganhará sua chance diante do Americano, em Campos, aproveitando-se do veto a Maicosuel, que pode nem atuar mais na Taça Rio por conta de um estiramento muscular. Ele só pôde ser inscrito agora e diz que não não tem preferência pelos números, já que atuou em ambas as formações com o treinador no Japão.
Fellype Gabriel garante que não faz distinção entre esquemas (Foto: Fabio Castro / Divulgação Agif)
- Jogávamos mais no 4-4-2, sem dúvida, mas conheço bem o 4-2-3-1, também fizemos isso lá. Então não é novidade. No primeiro coletivo, para mim não mudou nada mesmom individualmente. Oswaldo me botou na posição que eu estava acostumado, pela esquerda, mas vamos ver. O importante é que ele confia em mim. Nunca tive dificuldade para me adaptar. Aprendi bastante taticamente e espero fazer igual no Botafogo - avisou o meia.
Aos 26 anos, Fellype Gabriel se impõe na faixa etária da maturidade no futebol, depois de algum sofrimento para se firmar e deixar para trás problemas físicos em seu começo, no Flamengo:
- Acho que o tempo nos faz amadurecer muito, né?. Sempre fui tranquilo, mas tive experiências positivas, ter trabalhado com Oswaldo foi ótimo, me ajudou muito não só profissionalmente. Quero fazer mais do que fiz no Japão. Venho ajudar meus companheiros a conquistar os títulos de 2012.
Fellype Gabriel e Jobson se divertem antes do
treino (Foto: Thales Soares/GLOBOESPORTE.COM)
treino (Foto: Thales Soares/GLOBOESPORTE.COM)
Apesar das origens e estilos diferentes, Fellype e Jobson se aproximaram muito no mês de fevereiro. A impossibilidade de entrar em campo os uniu, além dos treinos aos domingos e dias de jogos. Não é incomum vê-los batendo bola e conversando.
- Temos nos dado bem, sim, ele está voltando ao clube, eu estreio... Cada um passa o que pode para o outro, Jobson já conhece o Botafogo, as pessoas, isso é importante. Estou puxando-o para o meu lado (risos). Pedi para ele manter a calma para conseguir os objetivos dele, que são grandes. Tirar de lição o que fez de errado e se appoiar nas coisas positivas. Jogar no Botafogo é uma grande responsabilidade, e ele sabe disso - contou o meia.
Jobson, no entanto, terá de esperar mais um pouco, pois só estará apto a jogar no dia 10 de março, contra o Bangu, já que sua suspensão termina na próxima segunda-feira.