Goleiro levou o Botafogo ao título carioca daquele ano, o seu único com a camisa do clube, encerrando série de derrotas em finais para o Flamengo
Jefferson aprimora a técnica no treino do Botafogo
(Foto: Paulo Nicolella / Ag. O Globo)
(Foto: Paulo Nicolella / Ag. O Globo)
O dia 18 de abril de 2010 é especial para o goleiro Jefferson. A data remete ao título do Campeonato Carioca, conquistado no confronto com o Flamengo, quando ele defendeu um pênalti cobrado por Adriano no segundo tempo, que empataria o jogo em 2 a 2 e prolongaria a disputa da competição. Foi a sua única taça como jogador do Botafogo.
No treinamento desta quarta-feira, o técnico Oswaldo de Oliveira fechou a atividade para treinar cobranças de pênaltis, na véspera do confronto com o Fluminense pela semifinal da Taça Guanabara. Se o jogo terminar empatado, Jefferson promete estar pronto para brilhar, sem a preocupação de estudar profundamente seus adversários.
- Procuro estudar, mas não fico muito bitolado. No treino, o cara cobra de um jeito e, no jogo, de outro. O Fred, por exemplo, me conhece. Não fico pensando muito nisso. Depende do jogo, do atleta. Não adianta pegar os 10 últimos jogos. Quem tem qualidade, cobra nos dois cantos. Primeiramente, vou pensar nos 90 minutos - disse Jefferson.
A comissão técnica dá o suporte ao goleiro, com vídeos e informações sobre os cobradores do adversário. Jefferson recebe com carinho toda a ajuda possível, mas não lembra de estudado Adriano antes do jogo de 2010, quando saiu de campo como herói da conquista, que na época encerrou uma série de três derrotas em decisões seguidas para o rival.
- Sabia que o Adriano bateria ali, mas não estudei. Fiquei parado, esperando ele cobrar. Não posso entrar no jogo achando que vai ser de um jeito ou de outro - comentou Jefferson, sem se preocupar com a catimba na hora da cobrança. - Com alguns, não adianta. Eu me concentro ao máximo para não perder o foco.
Em seu último jogo pela Seleção Brasileira, no dia 11 de outubro do ano passado, Jefferson também defendeu uma cobrança de pênalti. O Brasil venceu por 2 a 1 o México, mas naquele momento ainda perdia por 1 a 0 e havia acabado de perder Daniel Alves, expulso.
- É muito importante pegar experiência em momentos como esse. Na hora da expulsão, fui reclamar com o árbitro. O David Luiz me tirou de lá e falou para eu me concentrar e deixar que eles falassem para poder me concentrar para defender a cobrança - disse Jefferson.
