Meia-atacante assume vaga de Elkeson, quinta, contra o Americano, e lembra de jogo em que entrou e fez gol, sob o comando de Caio Júnior
Willian dá entrevista coletiva no Engenhão
(Foto: Fernando Soutello / Divulgação AGIF)
(Foto: Fernando Soutello / Divulgação AGIF)
A timidez e as poucas palavras constrastam com o desempenho mostrado no treino desta terça-feira, no campo anexo do Engenhão. Willian, 20 anos, ganhou espaço e uma chance entre os titulares com as ausências de Maicosuel, Elkeson e Loco Abreu. Forte fisicamente, deu arrancadas pela ponta direita e deixou Fellype Gabriel duas vezes na cara do gol. Os aplausos do técnico Oswaldo de Oliveira, espera o meia-atacante, representam a confiança, que também recebeu de Caio Júnior em 2011, quando marcou um gol sobre o Paraná, pela Copa do Brasil.
Esta será a sétima partida de Willian pelo Botafogo. Ele se recorda com carinho, no entanto, das três vezes em que entrou em campo mais recentemente. No Brasileirão, diante do Bahia, empate em 2 a 2, e quando atuou 90 minutos, na derrota para o Boavista, no último Carioca.
- Trabalhei muito para conseguir um espaço e agora quero aproveitar essa nova oportunidade. Estou preparado e feliz com a confiança do grupo e que o Oswaldo está depositando. Espero entrar bem e ajudar o time a sair com uma vitória contra o Americano - disse.
O esquema 4-2-3-1 colocou Willian mais fixo na direita, indo à linha de fundo, num setor que, de acordo com o próprio, tem sua preferência desde a época de juniores:
- Já fiz isso na base, me sinto à vontade. Oswaldo me passou que gostaria de me usar assim. Sem problemas, vai dar certo.
O jogador entende que a escassez de oportunidades é normal, é preciso ter paciência. Com tantos jogadores importantes a seu lado, disse que vem absorvendo tudo.
- A experiência que Jobson, Loco Abreu, Andrezinho têm é importante para ajudar. Eles vêm passando coisas positivas, dando exemplos. É assim que a gente vai crescendo também - crê.
Andrezinho aposta nos reservas
O apoio de Andrezinho se estendeu para a entrevista coletiva. Revelado com 16 anos, pelo Flamengo, o camisa 10 destacou a importância do apoio para os jovens.
- Eu sei como ele se sente. O grupo do Botafogo acolhe muito bem os novos jogadores. Eu mesmo, que acabei de chegar, me senti em casa em uma semana. O que eu falo para eles é que repitam o que fazem nos treinamentos. Nem mais, nem menos. Nós, titulares, sabemos as dificuldades que eles têm (reservas) criado para a gente - comentou.
Andrezinho dá toque de experiência e auxilia Willian na coletiva (Foto: André Casado / Globoesporte.com)
Nem mesmo a sequência de problemas médicos assusta Andrezinho, que, assim como Maicosuel e Elkeson, teve uma lesão há poucos dias.
- Desde que cheguei digo que um campeonato ganhamos só com um grupo forte. Sempre depositei confiança neste Botafogo, porque a gente já sabia que ia perder jogadores por contusões, convocações ou cartões. Mas temos um grupo de qualidade. É claro que se perde entrosamento, mas o que entram estão doidos para jogar. Os nomes serão diferentes, mas o esquema e as funções, as mesmas. O método de trabalho do Oswaldo não funciona só com 11 jogadores. Temos visto a cobrança em cima de quem não joga justamente para não perdemos a força quando tiver que mudar - destacou.
O discurso eloquente até confunde, mas o meia tem apenas 28 anos. Chamado de "mais velho" algumas vezes, Andrezinho fez questão de lembrar.
- Mais velho, não! Experiente... (risos)