Quatorze membros indicados por ela para o poder do clube podem ser excluídos caso inscrição da chapa 'Mais Botafogo' seja invalidada
Carlos Eduardo Pereira questiona o Conselho do
Bota (Foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com)
Bota (Foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com)
A informação de que o Conselho Deliberativo do Botafogo convocará uma sessão extraordinária para analisar a validade da inscrição da chapa "Mais Botafogo" na eleição do ano passado despertou a ira da oposição. Derrotado por Maurício Assumpção, Carlos Eduardo da Cunha Pereira se manifestou contrário a tal atitude, mantendo o discurso de que a decisão da Junta Eleitoral do clube é soberana.
O Conselho analisará o inquérito, cujo relatório final foi publicado no dia 16 de março. O documento investigou e concluiu que houve falsificação em duas assinaturas no ato de inscrição da chapa "Mais Botafogo", segundo o relatório assinado pela delegada Daniela Terra. Havia a necessidade de 140 nomes na lista para poder participar da eleição.
O que mais preocupa a oposição é o fato de a reunião poder excluir os 14 membros indicados por ela ao Conselho caso a inscrição seja considerada inválida. Carlos Eduardo questiona a decisão do Conselho de convocar a sessão.
- Isso é um absurdo completo. Não existe no estatuto do Botafogo com base para desconsiderar uma decisão da junta eleitoral. Se fizerem isso, tem que anular a eleição. As duas chapas apresentaram impugnações. Eu mudei as minhas, mas o Maurício não mudou e continuou por isso mesmo. Até hoje há no Conselho uma indicação do atual presidente que presta serviços ao clube e isso não é permitido. O nome dele é Francisco Fonseca. Não admitimos essa pecha de falsificação - disse Carlos Eduardo.
Outro questionamento da oposição é sobre o extravio dos termos de adesão e retirada dos sócios, que teriam suas assinaturas falsificadas. Carlos Eduardo, mais uma vez, ataca a administração de Maurício para se defender das acusações.
- Se eu tenho alguma dúvida sobre algum documento, a primeira coisa que devo fazer é apresentar os originais. Eles estavam sob a guarda da administração do Maurício e sumiram. Essas acusações não têm cabimento. Só está fazendo isso para desviar a atenção do elenco de fracassos acumulados, do pavoroso aumento do endividamento e das discutíveis contas de 2011 que ainda serão debatidas - afirmou Carlos Eduardo.