Raphael RaposoNo Rio de Janeiro
A atitude grotesca de André Luis de tomar o cartão amarelo das mãos de Carlos Chandía ao saber que seria expulso no empate em 2 a 2 com o Estudiantes-ARG, quarta, no Engenhão, pela Sul-Americana, foi apenas a ponta do iceberg na triste realidade vivida pelo Botafogo em 2008.
Chacotas por parte de outras torcidas envolvendo o episódio de "chororô", destempero da diretoria e jogadores foram a tônica do time de General Severiano, que era visto por muitos como uma das equipes que praticava um futebol extremamente vistoso.
Provocação de Souza irritou botafoguenses após "chororô" na final da Taça Guanabara
A polêmica seguinte já revelava um furioso André Luís, que deu vexame nos Aflitos
Depois, foi a vez do vice de futebol Carlos Montenegro apontar um racha no elenco
Na derrota para o São Paulo, o chefe Bebeto de Freitas invadiu o gramado
Por fim, após o time sucumbir em mais um torneio, André Luís volta a surtar em campo
Provocação de Souza irritou botafoguenses após "chororô" na final da Taça Guanabara
A polêmica seguinte já revelava um furioso André Luís, que deu vexame nos Aflitos
Depois, foi a vez do vice de futebol Carlos Montenegro apontar um racha no elenco
Na derrota para o São Paulo, o chefe Bebeto de Freitas invadiu o gramado
Por fim, após o time sucumbir em mais um torneio, André Luís volta a surtar em campo
O martírio alvinegro teve início no Campeonato Estadual quando a equipe, então comandada por Cuca, foi derrotada na final da Taça Guanabara para o Flamengo. Ao final do jogo, os atletas alvinegros se debulharam em lágrimas, sobretudo, o volante Túlio, que criticou muito o árbitro daquele encontro, Marcelo de Lima Henrique.
O episódio ainda foi mais apimentado quando o atacante Souza, em uma partida da Copa Libertadores da América, contra o Cienciano, fez um gol pelo Flamengo no qual comemorou "chorando", em alusão as reclamações do time de General Severiano.
A provocação do rival poderia servir de incentivo para a final da competição estadual, mas o Rubro-Negro mais uma vez levou a melhor e foi campeão, assim como em 2007.
Em meio a esta intempestividade de seus jogadores, André Luis seria o protagonista de uma imensa confusão em um encontro do Alvinegro diante do Náutico, no dia 1º de julho, pelo Campeonato Brasileiro.
Ao ser expulso, ainda no primeiro tempo, o defensor arrumou uma confusão intensa com a polícia pernambucana. Acabou detido e o presidente do Glorioso, Bebeto de Freitas, teve voz de prisão decretada.Ao sair de campo, o jogador fez gestos obscenos para a torcida local e ainda arremessou um objeto em direção às arquibancadas.
Prontamente o policiamento, ainda que de forma exagerada, agiu e tentou segurar o atleta.Irritado, André reagiu e, por isso, foi conduzido à delegacia móvel do estádio. Temendo um confronto com seguranças do clube carioca no vestiário, os policiais levaram o jogador por uma área cheia de torcedores alvirrubros, que lançaram garrafas sobre o zagueiro.
Em meio a este momento contumbardo, o Alvinegro já tinha sacramentado a contratação do meia Carlos Alberto, que acertou com o clube um dia após a perda do Campeonato Estadual.
O jogador revelado no Fluminense vinha tendo grande aparição na equipe alvinegra. Porém, a partir do momento em que os resultados passaram a não acontecer, uma confusão entre o meia e o também apoiador Lucio Flavio veio à tona.
Os dois teriam se desentendido no aeroporto após uma partida do Alvinegro na competição nacional. Em meio a isso, o colaborador da diretoria alvinegra, Carlos Augusto Montenegro admitiu que o grupo estava dividido entre os seguidores de Carlos Alberto e os admiradores de Lucio Flavio, fato prontamente negado pelo primeiro e também pelo técnico Ney Franco.
A atitude impensada de Carlos Augusto Montenegro de fazer tal revelação foi endossada pelo comentário do próprio dirigente dizendo que o ano já tinha terminado para o Botafogo. A declaração causou extrema indignação no grupo, que passou do sentimento de admiração para o de desprezo e revolta.
Quando a fase é desesperadora, até o chefe se descontrola. Isso ficou visível pela atitude do presidente Bebeto de Freitas, que invadiu o gramado após o árbitro Sérgio da Silva Carvalho ter anulado um gol de Lucas Silva na derrota do Botafogo por 2 a 1 para o São Paulo, em pleno Engenhão.
"Isso é uma vergonha! Vocês vieram aqui para nos roubar. É um assalto a mão armada. A bola bateu no jogador do São Paulo. Isso é uma palhaçada! " irritou-se Bebeto de Freitas, na ocasião.