Conversas em restaurante durante comemoração ironizam Marcos Portella, que renunciou à candidatura a vice
Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
André Durão /GLOBOESPORTE.COM
Maurício Assumpção brinda a vitória ao lado do vice Antônio Carlos Mantuano
Depois de ter a eleição ratificada com 302 dos 314 votos, Maurício Assumpção rumou para um restaurante localizado no shopping center ao lado da sede do Botafogo.
Recebido por uma grande mesa composta por seus colegas de chapa que cantaram o hino do clube, o novo presidente sentou-se e, depois do brinde, discursou: Ele agradeceu a Antônio Carlos Mantuano, que num primeiro momento foi cogitado para ser candidato a presidente, mas voltou como vice depois que Marcos Potella renunciou, sucedido por cerca de 50 membros do Movimento Carlito Rocha, que deixaram as posições no Conselho Deliberativo da chapa única.
Num discurso pausado e emocionado, Assumpção disse:
- Nesses últimos dias tive a percepção de quem realmente eram os botafoguenses da chapa Botafogo Total. Se não tivéssemos nossos conselheiros, essa eleição não teria acontecido.
Estamos aqui pelo ideal de formar o clube dos nossos sonhos. Vocês aumentaram a minha responsabilidade. Não posso falhar com vocês, porque o que fizeram por mim não tem preço que pague. Vocês são os verdadeiros heróis do dia de hoje - disse.
Em seguida, foi a vez de Mantuano pedir a palavra para ressaltar a importância de o Botafogo voltar a conquistar títulos de expressão. Entre os brindes e conversas da mesa, uma brincadeira era constante.
Marcos Portella foi apelidado de Jim Jones, uma referência ao líder de uma seita, que comandou um suicídio coletivo há 30 anos na Guiana. A ironia se referiu à renúncia em massa dos membros do Movimento Carlito Rocha, na tentativa de prorrogar o prazo de inscrição das chapas e criar uma concorrência à candidatura de Maurício Assumpção.