Vice de futebol diz que férias podem ser curtas: 'Botafogo é pior que tatuagem'
Montenegro (D) garantiu apoio total a Assumpção (Crédito: Ricardo Cassiano)
Danilo Santos RIO DE JANEIRO Entre em contato
O vice-presidente de futebol do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro, bateu um papo com a imprensa logo após depositar seu voto a favor de Maurício Assumpção na urna de General Severiano. Entre outros assuntos, deu a entender que também está desapontado com o racha proposto pelo Movimento Carlito Rocha.
- No início, o candidato era o Renha. Depois foram vários nomes, Good, eu... todos pensaram em aceitar, mas não o fizeram por seus motivos. O Maurício é um cara que tem muita garra, vai lutar demais, mais até do que o Diguinho em campo, e todos deveriam estar com ele nos próximos anos. Sou contra essa história de querer cargos, poder. Eu sabia que eram grupos antagônicos, mas realmente apostávamos na união - lamentou Montenegro, que reiterou sua opinião ao estilo "antes tarde do que nunca".
- É bom ter acontecido essa confusão toda agora. Pior seria se estivessem juntos e nos primeiros 15 dias brigassem. Com issso, aliás, a responsabilidade do Maurício aumentou, mas ele está preparado - acredita.
Quanto ao período em que irá tirar férias, uma vez que não participará da próxima administração, ao menos em relação à cargos, Montenegro já adiantou que sabe que não conseguirá sofrer sozinho por muito tempo.
- O Botafogo é pior do que tatuagem, não há como se livrar. Irei me afastar do dia-a-dia, do futebol, salários, contratações, empresários, bicho, essa coisas todas. Tudo isso é que é desgastante. Mas se for em relação a projetos, buscar patrocinadores para o clube, além de questões do Engenhão, estarei à disposição para ajudar com muito orgulho - assegurou.
Já ao lado do dirigente, Maurício Assumpção relembrou um episódio na época em que o Botafogo sofria com uma de suas piores crises da história.
- Algo que me marcou muito com o Montenegro foi quando o Botafogo estava à beira de cair para a Série B e ele disse que queria chutar o balde. Falei que se abandonasse naquele momento, como eu iria fazer para meu filho Rodrigo continuar torcendo? Um tempo depois, Montenegro não lembrou de mim, mas sim da história, que o emocionou e o fez ficar - contou Maurício, que rasgou elogios ao amigo:
- Montenegro é o eterno presidente. Se eu fizer um terço do que ele fez, já estarei feliz. Ele tem que continuar nos ajudando. Já falei para ele que suas férias serão curtas. Tem muito tubarão por aí, eu sou só um pato novo. Ele é quem pode brigar com eles. Como já aconteceu semana passada (refere-se ao chororô rubro-negro).