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Candidato a vice pode deixar cargo às vésperas da eleição



Candidato a vice pode deixar cargo às vésperas da eleição


Insatisfeito com nomeação de vice jurídico por Maurício Assumpção, Marcos Portella estuda nova posição na chapa única


Gustavo Rotstein Rio de Janeiro

Gustavo Rotstein/GLOBOESPORTE.COM
Assumpção (esq.) e Portella (dir.) têm divergências às vésperas da eleição


O Botafogo tem apenas um candidato à presidência nas eleições que acontecem nesta quinta-feira, mas o ambiente político do clube não é dos mais tranqüilos. Nomeado vice-presidente geral na chapa encabeçada por Maurício Assumpção, Marcos Portella pode deixar este cargo.

Tudo por causa da insatisfação pela indicação de Gustavo Noronha como vice

jurídico, posição também pretendida por Portella.


Na tarde desta segunda-feira aconteceu uma reunião na tentativa de um acordo. Portella, que integra o Movimento Carlito Rocha, corrente política do Botafogo, descarta a possibilidade de abandonar a chapa, mas reconhece que pode deixar de ser o vice de Maurício Assumpção.


- Faço parte de um grupo político e devo satisfação a essas pessoas. Vou me reunir com meu grupo nesta terça-feira e decidir o que fazer. Sair da chapa não é minha intenção. A questão é saber se continuo como vice geral - diz Portella, que há 20 anos é procurador do Município do Rio de Janeiro.


Maurício Assumpção ressalta que não existe crise política, apenas conversas. O candidato à presidência diz que tudo não passa de um mal-entendido, mas deixa claro que não pretende rever a decisão de nomear Gustavo Noronha como vice jurídico.


- O acordo feito com o Movimento Carlito Rocha não chegou até mim. André Silva e André Barros, que pertencem ao grupo, foram nomeados vice de futebol e representante do clube na federação, respectivamente. São cargos muito importantes.


O vice jurídico foi escolhido, e acho que o Portella deve trabalhar com o Noronha sem necessariamente ocupar este cargo. A posição de vice geral é mais importante - explica Assumpção.


Portella, no entanto, não esconde a insatisfação com o candidato à presidência, que, segundo ele, não cumpriu algo que acordado tão logo foi selada a candidatura de consenso.


- O Maurício me perguntou onde eu poderia ajudar, e eu disse que seria na vice-presidência jurídica. Depois, fui saber por terceiros que ele havia assumido o compromisso com outra pessoa. Não é uma questão de buscar os cargos. É que essa foi nossa primeira combinação - ressalta Portella.


No entanto, cogita-se que Marcos Portella ainda pode deixar a chapa única. O estatuto do clube ainda permitiria que um novo candidato fosse inscrito, algo que teria de ser aprovado pela junta eleitoral do Botafogo. Caso isso aconteça, Cláudio Good, que já foi nomeado vice de finanças de Maurício Assumpção, estaria cotado para concorrer à presidência.