Candidato único superar turbulência interna e é confirmado como novo comandante do Botafogo no triênio 2009/2011
Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
André Durão /GLOBOESPORTE.COM
Emocionado, Maurício Assumpção comemora após resultado oficial
Num pleito que correu de forma tranqüila, contrariando os últimos dois dias da política do clube, o Botafogo ratificou na noite desta quinta-feira a eleição de Maurício Assumpção como presidente do Botafogo no triênio 2009/2011.
Após 12 horas de votação, 302 dos cerca de 1.200 aptos compareceram a General Severiano para depositar seu voto na chapa encabeçada pelo cirurgião-dentista e professor universitário de 46 anos de idade.
Foram ainda quatro votos nulos e oito em branco, totalizando 314.Embora não tenha havido concorrência, a eleição de Maurício Assumpção foi muito comemorada por seus correligionários.
Tudo porque nos últimos dias o Movimento Carlito Rocha, corrente política do clube, apresentou a renúncia dos cerca de 50 conselheiros que inicialmente compunham a chapa única, seguindo Marcos Portella, que renunciou à candidatura à vice presidência.
Houve a tentativa de convencer a junta eleitoral alvinegra a adiar o prazo de inscrição de chapas, permitindo a inclusão de outro candidato, o que não foi aceito. Desde a manhã desta quarta, o corpo jurídico da chapa de Maurício Assumpção manteve alguns advogados de plantão para caso houvesse a tentativa de uma liminar, o que não aconteceu.
Diante da tranqüilidade e da certeza da vitória desde que as urnas foram abertas, às 9h20m, o candidato único já falava sobre o que pretende fazer pelo Botafogo a partir de 2 de janeiro, quando toma posse. Ele fez questão de cumprimentar cada associado que comparecia à votação.
- O mais importante será o espírito de levar o Botafogo às conquistas, respeitando sua tradição e honrando a camisa - diz.
Bebeto, Rotenberg, Renha e Portella ausentes da votação
O presidente também ressaltou qual será sua prioridade num momento em que o Botafogo vive um grave problema financeiro.
- Vou olhar com muito carinho para as divisões de base, pois o futuro do Botafogo passa por isso. O clube precisa voltar a ter essa tradição de revelar jogadores. Tenho noção de que as dívidas podem atrapalhar a administração, mas temos um grupo de trabalho que está em campo para resolver isso - explica.
Além de Marcos Portella e dos demais membros do Movimento Carlito Rocha, não compareceram à votação o presidente Bebeto de Freitas, que passou o dia em São Paulo, e Ricardo Rotenberg, um dos homens-fortes do futebol até este ano, mas que também renunciou ao seu lugar no futuro Conselho Deliberativo do Botafogo.
Manoel Renha, que permanece no Conselho também se ausentou, descontente com a turbulência política dos últimos dias. No entanto, deverá participar da próxima administração.