Sem salários, alvinegros aprovam mala branca
Jogadores e Ney Franco são a favor de incentivo na reta final do Brasileiro
Botafoguenses aprovam mala branca (Crédito: Charge de Mário Alberto)
André Casado RIO DE JANEIRO Entre em contato
Carlos Monteiro RIO DE JANEIRO Entre em contato
Fim de ano, todo trabalhador fica ansioso com a chegada do décimo terceiro salário. Com os jogadores do Botafogo não é diferente. O problema é que, em meio à crise, o abono, se chegar, cairá na conta somente após Papai Noel ir embora. por isso, em General Severiano, ninguém vê problema algum em receber uma ajudinha para vencer o Figueirense, adversário direto de quem tenta escapar da Série B.
Um dos prováveis titulares na próxima temporada, Leandro Guerreiro fala abertamente sobre o tema. Ele entende que atleta profissional não joga mais ou menos por conta da tal mala branca, mas que ela seria bem-vinda, isso seria.
– Dinheiro sempre cai bem e, se houver esse incentivo, eu aceito numa boa, sobretudo diante dessa situação financeira que vivemos no clube. Não daremos mais sangue em campo por isso, mas certamente motiva – confessou o volante.
Até mesmo Ney Franco, sempre comedido nos comentários e atento a questões éticas, revelou, sem cerimônia, que não vê problema algum em receber dinheiro, em caso de vitória sobre o Figueirense.
– Essa questão da mala branca é antiga no futebol e, a meu ver, não atrapalha. Os jogadores já vão a campo com esse objetivo e um incentivo só fará diferença no aspecto positivo. Só não pode haver a mala preta, aquela que faz um time entrar em campo para perder – comentou Ney.
Bem perto de deixar o clube – o contrato de empréstimo termina no dia 31 de dezembro –, o lateral Triguinho prefere deixar a questão de lado. Mas afirma que não seria ruim receber uma grana por fora para dar um reforço na ceia de Natal.
– Quem não gosta de dinheiro? Precisamos, e trabalhamos para isso. não é nisso que devemos pensar, mas sim em fazer apenas o nosso trabalho – explicou Triguinho.
