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Manuel Francisco dos Santos nasceu em Pau Grande a 28 de outubro de 1933


Indicado para a seleção dos maiores jogadores do século XX por 250 jornalistas de todo o mundo em junho de 1998, Garrincha foi o maior driblador da história do futebol.


Com suas pernas tortas, ele realizou algumas das mais maravilhosas atuações do futebol pelo Botafogo e pela seleção brasileira.


Manuel Francisco dos Santos nasceu em Pau Grande a 28 de outubro de 1933 e morreu em 20 de janeiro de 1983.


Bicampeão mundial em 1958 e 1962, Garrincha foi o principal jogador na conquista da Copa do Mundo do Chile. Quando Pelé se contundiu no segundo jogo e ficou fora pelo resto do torneio, Garrincha se tornou o grande jogador do Brasil.

Garrincha

"Garrincha, de que planeta vienes?"

Jornal El Mercurio, de Santiago, na Copa de 1962

Jogou 60 partidas pela seleção brasileira. Estreou em 18/09/55 contra o Chile no Maracanã. A única derrota foi em seu último jogo, pela copa de 1966, em Liverpool, quando o Brasil perdeu da Hungria de 3 x 1. Com Garrincha, o Brasil conseguiu 52 vitórias e 7 empates. Com Mané e Pelé juntos em campo, o Brasil nunca perdeu.

Pelo Botafogo, Garrincha disputou 581 jogos, marcando 232 gols.

Estreou como titular em 19/07/53, fazendo três gols na vitória de 6 x 3 sobre o Bonsucesso.

Foi campeão carioca em 1957, 1961 e 1962 e do Rio-Saõ Paulo em 1962 e 1964.

Mané jogou também no Corinthians (3v, 2e, 5d, 2 gols), Flamengo (9v, 4e, 2d, 4 gols), Olaria (2v, 4e, 4d e 1 gol), e alguns outros times brasileiros e estrangeiros no final de carreira.


"Ele pega a bola e pára; o marcador sabe que ele vai sair pela direita; seu Mané mostra com o corpo que vai sair pela direita. Às vezes, o adversário retarda o mais possível a entrada em cima dele, na improvável esperança duma oportunidade melhor. Garrincha avança um pouco, o adversário recua. Que faz então? Tenta o marcador, oferecendo-lhe um pouco da bola, adiantando esta a um ponto suficiente para encher de cobiça o pobre João. João parte para a bola de acordo com o princípio de Neném Prancha: como quem parte para um prato de comida. Seu Mané então sai pela direita."

Paulo Mendes Campos


"Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho."

Carlos Drummond de Andrade


Fonte: www3.solar.com.br