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O Blog do Gilmar Ferreira


Botafogo 3 x 0 Ipatinga
Tenho lá minhas dúvidas se a reação de Carlos Augusto Montenegro, colaborador da diretoria do Botafogo, foi de toda ruim para o time.
Diria mais, até: tenho quase certeza de que, ao anunciar que o elenco do clube estava dividido, ele sabia muito bem o que dizia.
Galera, o futebol é um segmento devassado dessa sociedade hipócrita e mentirosa que está aí, não é diferente do ambiente em que vivemos.
A busca por um contrato melhor acentua as diferenças, a falta do pão mexe com os nervos e a heterogeneidade de seus homens incentiva o disse-me-disse e dificulta a gestão.
Não sei ao certo se a divisão era entre os grupos de Lucio Flávio e Carlos Alberto, como disse o Montenegro, mas que algo havia, havia _ e é comum haver.
É assim também no Vasco, no Fluminense e no Flamengo _ citando só os grandes do Rio.
E a convicente vitória de 3 a 0 não vai mudar o ambiente, corrigir os desvios ou fazer sumir os problemas.
Como diz um técnico que frequentemente passa por aqui de olho no que vocês pensam, as diferenças entre os jogadores do mesmo time sempre existiram e só trazem problemas quando entram em campo.
Para isso servem aquelas correntes de braços entrelaçados à beira da saída do vestiário para o campo.
É como um código de ética (sic) que simboliza um pacto nas retaliações particulares do dia-a-dia.
Ali fabrica-se o espírito guerreiro, o mentiroso amor pelo clube e o fundamental compromisso com a vitória.
Portanto, por mais que se reprove a atitude do dirigente Carlos Augusto Montenegro, não dá para dizer que ele está inventando crise em seu próprio clube.
Espero que os jogadores alvinegros se apeguem agora a essa causa particular e engatem mais uma série de vitórias o Brasileiro.
É possível, sim, que ao final de uma nova série de oito jogos invictos o Botafogo possa estar celebrando algo.