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Eleição chega à polícia e tem pedido de ambas as chapas por impugnação

Polícia dirá se assinaturas de dois conselheiros foram falsificadas. Chapas têm até sexta para apresentarem defesas

Por Thiago Fernandes Rio de Janeiro
Maurício Assumpção presidente do Botafogo durante entrevista (Foto: Eduardo Peixoto / Globoesporte.com) 
Maurício Assumpção é candidato à reeleição
(Foto: Eduardo Peixoto / Globoesporte.com)
 
Há pouco mais de um mês para a data do pleito, ainda não é possível dizer que haverá eleição no Botafogo. Uma briga travada nos bastidores do clube fez com que ambas as chapas pedissem a impugnação da outra por irregularidades e o caso chegou até à delegacia. Nesta segunda-feira, o presidente Maurício Assumpção apresentou na polícia documentos em que as assinaturas de dois conselheiros teriam sido falsificadas para garantir à chapa de oposição número suficiente de sócios elegíveis (140) para poder se candidatar.

- Quando a gente soube que esses dois conselheiros estavam nos exterior, procuramos saber se havia algum documento assinado por eles. E havia. Conversamos com os representantes deles aqui que disseram nada ter assinado. Quando eles (oposição) souberam que nós tínhamos essa informação, tentaram, na sexta-feira, trocar esses dois conselheiros mas, mais uma vez, usaram assinaturas. Eu não tenho competência para dizer se as assinaturas são verdadeiras ou não. Mas, como há essa suspeita, eu, como presidente do clube, tenho a obrigação de apresentar à polícia esses documentos para que eles sim possam dizer se há irregularidade. Isso vai além de eleição. É uma questão que envolve o clube. A questão não é se os dois conselheiros apoiam eles ou não. A questão é que assinaturas podem ter sido forjadas – disse o presidente Maurício Assumpção.

Carlos Eduardo Pereira, que encabeça a lista de oposição, se diz tranquilo com o fato. Para ele, não há problema com o fato da eleição ter chegado à polícia.

- O que foi feito foi um boletim de ocorrência com autor desconhecido. Isso é um direito que eles têm. Mas vão ter que apurar se tem irregularidade. Mostramosn a Junta Eleitoral, nesta segunda,  um e-mail deles dizendo que os dois conselheiros nos apoiam – afirma Carlos Eduardo Pereira.

Por conta da possibilidade de fraude nas assinaturas, a situação pediu a impugnação da chapa de oposição na última sexta-feira. Agora, foi a vez da oposição pedir a impugnação da situação alegando irregularidades na lista de conselheiros.

- Tem conselheiro na chapa deles com menos de três anos de sócio, o que o impede de fazer parte da chapa e tem oito cujos nomes não estavam na lista apresentada originalmente como elegíveis. O que parece é que eles têm uma lista diferente daquela apresentada – acusa Carlos Eduardo.

- Não sei porque eles vieram com essa agora. Durante todo o processo alguns nomes eram questionados e bastava que o sócio comprovasse que tinha condições para ser resolvido. Eles mesmo fizeram isso várias vezes. Por causa de erros de cadastros, alguns sócios aparecem como não elegíveis, mas depois provam que estão aptos – rebate Maurício.

Por conta dos pedidos de impugnação de ambas as partes, a Junta Eleitoral do Botafogo deu até sexta-feira para que as duas chapas se expliquem e apresentem provas de que não têm irregularidades. Quanto à situação das assinaturas, o caso deve levar mais tempo. A polícia começará ainda esta semana a chamar os envolvidos, mas não há uma estimativa de quando se saberá se os documentos foram ou não adulterados.