Técnico questiona motivo de o rival Flamengo já ter atuado mais vezes no estádio em 2012 e liga fato às más atuações e à impaciência da torcida.
Engenhão só viu o Botafogo na estreia, até aqui
(Foto: Thales Soares/GLOBOESPORTE.COM)
(Foto: Thales Soares/GLOBOESPORTE.COM)
O técnico Oswaldo de Oliveira mostrou descontentamento com a tabela da Taça Guanabara e com a distribuição de jogos no Engenhão. Neste início de temporada, o Botafogo já enfrentou dois clubes pequenos fora de casa e não foi capaz de sair com a vitória. Na visão dele, se utilizasse mais seus domínios, a chance de perder pontos seria bem menor. Em contrapartida, o Flamengo, por exemplo, esteve no estádio na última quarta, pela Taça Libertadores, e nesta sexta-feira, além da estreia da competição estadual, e não encarou campo acanhados.
Já Vasco e Fluminense mandaram suas partidas em Volta Redonda, Moça Bonita, no bairro de Bangu, e Macaé. Até o fim do turno, porém, o Glorioso tem outros três compromissos marcados no Engenhão, frente a só mais dois do Rubro-Negro - um deles é o próprio clássico entre ambos, neste domingo. E, na Taça Rio, a princípio, seriam cinco do Botafogo e quatro do Fla.
Temos de ter prioridade de jogar no Engenhão. Estou anotando e tentando resolver isso"
Oswaldo de Oliveira
- É uma real dificuldade jogarmos só no primeiro jogo e o Flamengo jogar duas vezes seguidas no Engenhão assim. Isso, para a minha compreensão, é difícil. Por que é o Botafogo que vai jogar contra o Macaé no sábado de Carnaval, se expondo a um trânsito terrível? Isso tem de ser revisto. Temos de ter prioridade de jogar aqui. Há uma situação que estou anotando e tentando resolver - reclamou Oswaldo, em gancho quando o assunto protestos da torcida foi levantado, impaciente e crítica com as más atuações, logo antes.
- É um leque grande de torcedores, de fora do estado e daqui, que acompanha o dia a dia. Cada um tem um ponto de vista. E aí vem a comoção do ano passado, que se revive e repete. Mas não se pode hoje transferir aquilo para essas competições de 2012. Passou. Nesse particular, se o torcedor nos der alívio, souber que precisamos ter estabilidade, claro que vamos conseguir. Se for ao contrário, não vai ajudar nada. O Flu perdeu para o Boavista com o time titular e ganhou, antes, com o reserva. É tudo relativo. É claro que não vamos chegar goleando todo mundo no terceiro jogo - desabafou o treinador, em discurso que vem repetindo desde o começo da semana.
Oswaldo falou grosso em alguns momentos da
coletiva (Foto: Fernando Soutello / Divulgação AGIF)
coletiva (Foto: Fernando Soutello / Divulgação AGIF)
O longo caminho de ajustes ao time continua. Antes mais otimista, Oswaldo admite que não terá moleza. Ele voltou ao empate com o Madureira, na tarde da última quinta, em Conselheiro Galvão, para apontar erros até "elementares" que foram cometidos.
- Humildemente, falta muita coisa. Minha compreensão de futebol trasncende o simples, o que é feito no dia a dia. Acho que a compactação da equipe é primordial. Vamos ao lance capital onde isso não aconteceu: aos 40 minutos viramos o jogo e tínhamos a posse se bola, que, segundo uma estatística que vi, foi 75% nossa na partida, e no momento crucial a perdemos e não recompusemos na defesa. Isso é elementar. Tenho jogadores com mais de 30 anos e com experiência internacional no time. Não pode acontecer, precisa ser corrigido o quanto antes - apontou.