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Loco aponta diferença entre Caio Jr. e Oswaldo: pressão na saída de bola

Oswaldo de Oliveira reforça antigo hábito do time ao priorizar bolas áereas, diante de gramados ruins, e Andrezinho confirma conversa nesse sentido

Por André Casado Rio de Janeiro
 
jogadores no treino do Botafogo (Foto: André Casado / Globoesporte.com) 
Trio na área à espera do cruzamento da direita, feito
por Cidinho(Foto: André Casado/Globoesporte.com)
 
O técnico Oswaldo de Oliveira tirou a manhã desta terça-feira para praticar à exaustão as jogadas de velocidade pelas pontas e os cruzamentos precisos, algo que julga ter faltado na última partida, contra o Nova Iguaçu. O motivo principal do retorno ao estilo antigo de jogo se deve à baixa qualidade de gramados como o de Moça Bonita e, possivelmente, o de Conselheiro Galvão, local do compromisso diante do Madureira, nesta quinta, pela terceira rodada da Taça Guanabara.

Por mais de uma hora, os jogadores foram incentivados a capricharem nas tentativas, que não tiveram apenas Loco Abreu como alvo. Segundo o meia Andrezinho, a ideia é povoar a área com o maior número possível de alvinegros, evitando forçar pelo meio, já que a bola não rola tão bem. O chamado "plano B", em parte, já até foi explorado no decepcionante empate de domingo e entrará em ação com mais vigor e, espera-se, sobretudo, muito menos erros de execução.

- Oswaldo tem nos alertado que não foi a primeira nem a última vez que vamos encontrar dificuldades deste tipo. Tem campos que não condizem com a grandeza do campeonato, e sabemos que temos de nos adaptar o mais rapidamente possível. Ainda assim, acaba igualando os dois times. No Engenhão, é bem mais fácil. Mas já temos um plano B - revelou o jogador, que, entre sorrisos, tentou despistar em seguida a respeito da tática diferente.

- Não posso falar muito, senão amanhã o Madureira já vai saber como nos enfrentar. Mas é por aí, temos jogadores altos, bons nesse cruzamento e, nessas circunstâncias, temos de usar mais. Todos têm obrigação de estar na área, ajudando o Loco. Arriscar a gol também é importante, até porque furar o bloqueio de time que está recuado é difícil. Mas sou meio contra analisar números no futebol. Não adianta chutarmos 20, 30 vezes se não tiver direção ou se não tem o espaço adequado - afirmou.

jogadores no treino do Botafogo (Foto: André Casado / Globoesporte.com) 
 
Fim da atividade com as marcações de futevôlei no gramado (Foto: André Casado / Globoesporte.com)
 
Durante a movimentação, Oswaldo acompanhou cada troca de passe que chegava à linha de fundo. Os responsáveis pelo cruzamento eram Lucas, Caio, Herrera, Cidinho, Renan Lemos e Zen, para a finalização de Loco, Elkeson, Maicosuel, Fábio Ferreira, Antônio Carlos, entre outros. Renato e Andrezinho davam partida à maioria das jogadas. Alguns inverteram a partir da metade do treino, no campo anexo do Engenhão. O aproveitamento foi bom.

- Tem três homens na área, não pode errar! - bradava o comandante.

Antes, a comissão técnica organizou uma espécie de mini-futevôlei, ao invés do tradicional aquecimento, também para praticar os fundamentos e passes curtos. O grupo se divertiu com a atividade, mais curta em razão da tradicional sessão de vídeos passada pelo treinador, que dissecou a equipe do Madureira, com três pontos em duas partidas até aqui.