Maurício Assumpção rejeita reivindicação de saída do gerente de futebol, mas diz estar disposto a discutir unidade política
Gustavo Rotstein
Rio de Janeiro
Maurício Assumpção rejeita ideia de demitir gerente Anderson Barros O primeiro movimento de reaproximação, pelo visto, não vai acontecer. Ao tomar conhecimento de que no almoço marcado para a próxima terça-feira, Carlos Augusto Montenegro e outros “cardeais” do Botafogo exigiriam a saída do gerente de futebol Anderson Barros, o presidente Maurício Assumpção decidiu rejeitar a ideia.
Convidado para o encontro pessoalmente pelo ex-presidente José Luiz Rolim, pelo ex-vice de finanças Cláudio Good e pelo atual presidente do Conselho Deliberativo, Luís Eduardo Miranda, Maurício Assumpção inicialmente aceitou. No entanto, mudou de ideia e cancelou sua presença.
- Fui convidado para um almoço de reaproximação política, mas depois li as declarações do Montenegro, dizendo que eu comparecesse porque não tinha base política no Conselho Deliberativo e que um dos pedidos seria a demissão do Anderson Barros. Não foi combinado um encontro com condições pré-estabelecidas e, por isso, não pretendo ir. Inclusive, aqueles que me convidaram, depois pediram desculpas e disseram que a intenção realmente não era a dita pelo Montenegro - explicou Maurício Assumpção.
O presidente lembrou, entretanto, ter a intenção de buscar a unidade política no clube. Nesta segunda-feira ele tem um encontro marcado com o grupo Mais Botafogo, composto por membros do Conselho Deliberativo, muitos dos quais foram vice-presidentes nos primeiros sete meses de sua gestão.
- Não quero dividir o Botafogo em hipótese alguma. Só não é possível que as pessoas aproveitem o momento ruim dentro de campo para criar algumas situações. Vou conversar com alguns grupos. Apenas não pude fazer esse trabalho político no primeiro ano de gestão porque precisei estar à frente da questão financeira do clube, que era muito grave - ressaltou.
Convidado pela Confederação Brasileira de Beach Soccer, Maurício Assumpção está atualmente na cidade de Caldas Novas (GO), onde acontece a Copa Latina. O objetivo do presidente é discutir com a entidade alguns projetos sociais do Botafogo que envolvem a inclusão social de crianças carentes por meio do futebol de praia, com escolinhas nos bairros de Botafogo, Copacabana e Ipanema, no Rio de Janeiro.