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Rio de Janeiro
Camisa 10 do Botafogo, Lucio Flavio já foi chamado de Maestro pela torcida. Campeão estadual em 2006 e com quase quatro anos de história no clube, o jogador hoje é um dos alvos da torcida pelo mau momento que o time atravessa - esta foi a tônica na vitória por 2 a 1 sobre o Tigres, na noite desta quarta-feira, em São Januário, pela quarta rodada da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca. No entanto, é a experiência acumulada não apenas em General Severiano que faz o meia mostrar tranquilidade para dar a volta por cima.
Depois de um fim de ano ruim, em 2008, ele se transferiu para o Santos, mas retornou ao Alvinegro seis meses depois. A campanha no Brasileirão 2009, marcada pela fuga do rebaixamento à Série B na última rodada, acabou ajudando Lucio Flavio a ficar na mira da torcida. Situação encarada por ele como normal por ser um jogador-símbolo.
- Ninguém gosta de passar por isso, principalmente quando sabe que ainda tem muito a oferecer e joga num clube grande de tradição, acostumado a conquistas. O grupo não pode se abalar, pois só vai sair dessa com muito trabalho, e temos consciência disso. A reação do torcedor é compreensível. O jogador só é herói na vitória.
Além da tranquilidade, Lucio Flavio demonstra otimismo com a chegada de Joel Santana, que em sua apresentação, na última terça-feira, garantiu que o Botafogo vai brigar pelo título estadual - Joel foi campeão carioca com o Alvinegro em 1997.
- Ele é um técnico experiente, vitorioso e chega num momento em que pode ajudar bastante - disse o jogador, um dos remanescentes da era Cuca - quando o time comandado pelo treinador ficou duas vezes no quase (2007 e 2008) no Campeonato Carioca e na Copa do Brasil, além de uma eliminação traumática na Copa Sul-Americana (2008). Mais uma razão para virar referência entre os torcedores. Para o bem ou para o mal.