Sem conhecer o elenco ainda, técnico dorme na concentração para dar carinho aos seus jogadores
Rio - Joel Santana comandou apenas dois treinos no Botafogo e já tem o América pela frente, hoje, às 17h, no Engenhão. Para amenizar seu desconhecimento sobre o time, vai dormir na concentração com os jogadores. Após o jantar de ontem, conversou com o grupo para, como ele mesmo explicou, conhecer os homens com quem trabalha.
No pouco contato, sentiu o elenco ainda sob o efeito da goleada para o Vasco. “Preciso conhecer as coisas, o clube, as pessoas, ver o homem que existe por trás do jogador. Meu tênis ainda nem amaciou, está novinho, e a gente já tem uma partida decisiva”. disse.
E, se dentro de campo, o time ainda não vai ter a cara dele, Joel espera que, pelo menos, na disposição, já seja possível ver um pouco do que foi passado para o grupo nas conversas. “A derrota machuca muito, ainda mais da maneira que foi. Mas ainda não dei nenhum treino, não deu tempo de recuperar. Espero que entrem com personalidade, é o mínimo. Estamos esperando mais, mais vibração, empenho”, afirmou.
Com a goleada para o Vasco, o Botafogo caiu para o terceiro lugar no Grupo B da Taça Guanabara. Na disputa por uma vaga na semifinal com o Madureira, Joel sabe que a vitória não pode escapar hoje. “Vai acalmar o clube, a torcida. Quando a gente ganha, tem aplauso, quando perde, vem a cobrança. Isso é Botafogo. Não vamos ter festa todos os dias”, garantiu.
Antes da partida contra o Tigres, um torcedor na arquibancada tocava a marcha fúnebre com sua corneta. Hoje, ele espera que o mesmo alvinegro toque piano. “Temos que esquecer a partida contra o Vasco, foi uma topada. Nosso momento não é bom, temos que entender isso. A torcida vai chegar desconfiada, mas vai aplaudir depois”, comentou.
Time tem desfalques
Com Jefferson vetado — o goleiro não se recuperou das dores na perna direita — Renan será titular pela primeira vez no ano. Nos lugares de Leandro Guerreiro e Fahel, suspensos, devem entrar Somália e Eduardo, mas Vinícius Colombiano também tem chance.
Reportagem de Ricardo Mota e Rafael Paiva.