André Silva afirma que não é possível manter um comandante após uma goleada por 6 a 0 em um clássico
Fred Huber e Gustavo Rotstein
Rio de Janeiro
Depois de participar da apresentação do técnico Joel Santana, o vice-presidente de futebol do Botafogo, André Silva, contou como foi a decisão de demitir o antigo comandante, Estevam Soares. O dirigente disse que a definição aconteceu na segunda-feira, após conversa entre a cúpula do futebol. No domingo, após o clássico, ele havia dito que a diretoria ia apoiar a permanência.
- No calor do jogo, ainda no vestiário, conversei com o Anderson Barros e Maurício Assumpção e decidimos que o melhor seria manter. Mas passamos uma noite sem dormir, conversando. A medida de interromper o trabalho do Estevam pegou força. Aquela decisão depois do jogo era uma verdade. Aprendi que de cabeça quente não dá para tomar este tipo de decisão - disse o dirigente.
Depois de ser informado da demissão, Estevam disse que foi pego de surpresa com a atitude dos dirigentes. André Silva disse que não é possível permanecer com o mesmo comando técnico do time depois de uma grande goleada em um clássico.
- Nossa conduta é sempre valorizar o trabalho prolongado. Foi assim com o Ney Franco e a ideia era que isso acontecesse com o Estevam também, tanto que o contrato foi renovado. Mas perder por 6 a 0 em casa para um rival é algo muito forte. Infelizmente não dá para trocar 30 jogadores. É a ordem natural das coisas. Se os resultados ruins persistirem, o próximo a sair será o vice de futebol.
O próximo jogo do Botafogo é nesta quarta-feira, às 21h50m, contra o Tigres, em São Januário. O Alvinegro está em terceiro lugar do Grupo B com seis pontos.