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Reunião na CBF extingue clássicos nas últimas rodadas do Brasileirão

Modelo de tabela, utilizado nos últimos dois anos do campeonato nacional, foi reprovado em votação com representantes de 19 clubes da Série A

 

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
 

reunião dos presidentes dos clubes na CBF (Foto: Rafael Ribeiro / CBF) 
Presidentes participaram da votação para alterações
na tabela do Brasileirão (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)
 
 
O Campeonato Brasileiro não terá mais suas últimas rodadas destinadas aos clássicos estaduais. O modelo, utilizado nos últimos dois anos, foi um dos temas de uma reunião na tarde desta segunda-feira entre o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, e os representantes de 19 clubes da Série A na sede da entidade, no Rio de Janeiro (a Portuguesa não compareceu). Colocada em votação, a ideia foi reprovada pela maioria dos votos (11 a 8) e não fará mais parte da tabela nacional a partir deste ano. Outra mudança será que só na última rodada todos os jogos serão no mesmo horário (antes, isso era aplicado nas duas rodadas finais).

- O Vasco votou a favor (da extinção) e houve um consenso de que não haja mais clássicos em sequência no fim do Brasileiro. Pode até acontecer um, mas não achamos produtivo como está. Então, isso acabou - explicou o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, que esteve na reunião.

Um dos motivos para a decisão foi o maior policiamento necessário para cobrir dois jogos simultâneos na mesma cidade. O modelo com clássicos na reta final foi instituído pela CBF em 2011 para evitar que os jogos das últimas duas rodadas percam emoção quando um clube se tornar campeão antecipadamente. Além disso, evitar que uma equipe sem ambições no fim do torneio não leve a sério um jogo contra um postulante ao título ou a uma vaga na Libertadores.

Notadamente, casos que chamaram a atenção aconteceram em 2009 e 2010. Com o Flamengo dependendo de uma vitória sobre o Grêmio na última rodada, em 2009, o time gaúcho escalou  reservas para o confronto no Maracanã. Se o Grêmio ao menos empatasse aquele jogo, o campeão seria o arquirrival Internacional. Ao fim dos 90 minutos, o Flamengo suou muito, mas venceu por 2 a 1, de virada, e ficou com a taça.

No ano seguinte, o Fluminense, que disputava o título ponto a ponto com o Corinthians, enfrentou e venceu nas últimas rodadas, fora de casa, os desinteressados Palmeiras e São Paulo. O derradeiro rival foi o já rebaixado Guarani, que mandou a campo um time de reservas. A vitória do Flu foi muito difícil, por 1 a 0, e valeu o título.