Botafogo se baseia na Lei Pelé para não herdar dívida do Figueirense com Caio
Glorioso garante que as divídas por direito de imagem não podem ser repassadas pelo clube catarinense, porém admite a pendência quanto a rescisão contratual do jogador
Vinícius Perazzini e Walace Borges -
RIo de Janeiro (RJ)
Ciente de que o Figueirense atrasou o pagamento de cinco meses
relativos aos direitos de imagem do atacante Caio, o Botafogo se baseia
na Lei Pelé para se defender contra a possibilidade de ter transferida
para si a pendência dos catarinenses. O Glorioso, que emprestou o
jogador em 2012, alega que as dívidas por direitos de imagem não podem
ser repassadas do clube devedor para o dono dos direitos na época.
Já
o lado que defende os interesses de Caio está com a expectativa de
conseguir a verba de cerca de R$ 150 mil pelo Figueirense nos próximos
dias, mas se não obter êxito, vai cobrar os cinco meses pelos direitos
de imagem ao Botafogo, independentemente do atual posicionamento do
Alvinegro nesta questão, não descartando levar o caso à Justiça.
O
Botafogo também precisa pagar para Caio a rescisão do contrato, neste
ano. O vínculo com o Glorioso estava em vigor até dezembro de 2014. O
Alvinegro admite a pendência, mas não a trata como dívida, já que afirma
ter negociado com o jogador uma data futura para o depósito de
aproximadamente R$ 500 mil.