Novo gestor do Maracanã terá de investir R$ 594 mi em obras, diz edital
Publicado na noite desta segunda-feira, governo aumenta valor de intervenções necessárias mas reduz o 'aluguel' anual do estádio
Amélia Sabino e Leo Burlá -Rio de Janeiro (RJ)
O novo edital de licitação para a concessão do Maracanã,
divulgado pelo governo do estado do Rio na noite desta segunda-feira,
revelou um investimento mais salgado para o futuro administrador: de R$
469 milhões na minuta lançada em outubro, passou para R$ 594 milhões em
obras que ainda precisam ser feitas.
Entre elas, a construção de
um estacionamento, a demolição do parque aquático Julio Delamare, do
estádio de atletismo Célio de Barros e da Escola Municipal Friedenreich.
A reconstrução de cada um destes prédios será obrigação do consórcio. O
Museu do Índio deverá ser conservado e revitalizado, fazendo com que o
total de investimento encareça em mais R$ 100 milhões.
Com o
investimento inicial mais alto, o valor da outorga - espécie de aluguel
que será pago ao governo - caiu de R$ 7 milhões anuais para R$ 4,5
milhões, com dois anos de carência. O contrato será de 35 anos.
O
governo também manteve a decisão de vetar a participação dos clubes na
licitação e, assim, nenhum dos quatro grandes poderão administrar
diretamente o estádio. Por outro lado, o consórcio que for o vencedor
não poderá ter contrato exclusivo com nenhum clube e deverá garantir o
mínimo de 40 jogos por ano no Maracanã, dois shows e 50 jogos ou eventos
no Maracanãzinho. A comercialização dos naming rights também está
vedada.
Os envelopes com as propostas devem ser abertos no dia 11
de abril, às 10h da manhã, conforme publicado nesta segunda-feira pelo
governo estadual no Diário Oficial. As obras de adequação do Maracanã
para a Copa das Confederações e Copa do Mundo atingiram 87% e devem ser
concluídas em meados de abril, data limite imposta pela Fifa para o uso
do estádio na Copa das Confederações. Na semana passada, a cobertura de
lona e os assentos começaram a ser instalados.