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Alessandro faz 200 jogos e quer parar no Bota: 'Não me vejo fora daqui'

Lateral-direito retoma posição de titular na partida contra o Bangu e comemora bom momento na relação com a torcida

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
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Alessandro comemora gol pelo Botafogo: marca
de 200 jogos pelo clube (Foto: Agência Estado)
No dia 9 de junho de 2007, Alessandro disputou a primeira de suas 199 partidas com a camisa do Botafogo. No empate em 1 a 1 com o Palmeiras, no Parque Antártica, ele dava início a uma verdadeira montanha russa. Foram altos e baixos na parte técnica, nas oportunidades no time e, principalmente, na relação com a torcida. Mas ao atingir a marca de 200 jogos pelo Alvinegro, nesta quarta-feira, contra o Bangu, o lateral-direito de 33 anos pode dizer que vive uma lua de mel com a arquibancada.

E logo na temporada 2011, que começou com má notícia para Alessandro. Foram apenas 15 minutos como titular no primeiro coletivo do ano para que o técnico Joel Santana o substituísse pelo recém-contratado Lucas. O experiente lateral ficou no banco de reservas nas primeiras cinco partidas do ano. Mas sua atuação nas duas últimas transformaram em aplausos as vaias muitas vezes ouvidas no Engenhão.

- Realmente não esperava que chegaria aos 200 jogos assim, mas lutei muito para que fosse da melhor maneira possível. Queria alcançar a marca jogando como titular, e o fato de o meu planejamento ter dado certo faz desse momento ainda mais feliz. São quase quatro anos de clube, com altos e baixos e sempre dando a volta por cima. O início de temporada foi importante para que eu colocasse na cabeça que precisava voltar à equipe - disse ele, que marcou 14 gols pelo Botafogo e é o jogador que mais disputou partidas no Engenhão: 89.

Se ainda busca sua reafirmação dentro de campo, Alessandro, que deve ser homenageado pelo clube na partida contra o Fluminense, tem prestígio em General Severiano. É chamado por Joel Santana de Professor e seus colegas o apelidaram de Presidente. Tem relação direta com o presidente Maurício Assumpção e por vezes serve de ponte entre o elenco e a diretoria. Por isso, seu pensamento é encerrar a carreira no clube.

- Prefiro deixar as coisas acontecerem e, por isso, ainda não penso em parar. Acho que ainda tenho motivação para jogar mais uns três anos e vou trabalhar muito para encerrar a carreira no Botafogo. Até porque não me vejo mais fora daqui. É um clube com o qual me identifiquei e do qual gosto muito. Mas também sei que no futebol tudo pode acontecer. Por isso, prefiro não traçar muitos planos para não ficar triste se eles não se concretizarem - explicou.

No entanto, uma resolução está tomada. No dia em que pendurar as chuteiras, Alessandro abandonará o futebol em todas as suas esferas. Depois de encerrar a trajetória como jogador profissional, o esporte será apenas lazer.

- Quando parar, não vou mais me envolver com futebol. Isso é certo. Quero ficar mais perto da minha família e ver meus filhos crescerem ao meu lado. Do futebol quero levar somente as amizades verdadeiras e acho que se continuar nesse meio, posso perdê-las por causa de um ato. Meu empresário chegou a me convidar para trabalhar com ele no futuro, mas já disse que estou fora - brincou.