Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
Ainda preocupado em ajustar o sistema defensivo, Joel Santana mais uma vez recorreu a Fahel. Lançado como zagueiro titular no coletivo realizado na manhã desta segunda-feira, o volante mostrou que o desânimo passa longe. Até então integrante do banco de reservas, ele garantiu não ter perdido a motivação.
- O futebol é assim, o treinador procura a melhor equipe no momento. Não é vergonha nenhuma ficar no banco. Na Europa, todos esperam a sua oportunidade, mas no Brasil existe a cultura de que o reserva não presta. Sei que o Joel tem planos para mim. E os titulares que se cuidem, porque o Fahel vai continuar trabalhando forte. Pretendo dar uma dor de cabeça ao treinador - disse ele, que, em Portugal, defendeu Marítimo e Beira-Mar.
Quem não gosta de elogios? Tenho a expectativa
de ser reconhecido"
Fahel
Fahel nesta segunda-feira voltou ao time titular ao lado de Alessandro, outro jogador que costuma sofrer críticas da torcida. Mas assim como o companheiro da lateral direita, que nas duas últimas partidas foi aplaudido, o volante sonha com uma boa atuação diante do Bangu e, assim, conquistar o reconhecimento.
- Quem não gosta de elogios? Adoro a torcida do Botafogo e não tenho do que reclamar. Ninguém gosta de ser vaiado ou criticado, mas acontece. Acho injusto, porque tive dois anos bem proveitosos aqui e, assim como a torcida, eu quero mais. As críticas são de meia-dúzia. Se o nosso time vencer, eles vão apoiar, assim como foi com o Alessandro. Tenho essa expectativa de ser reconhecido - destacou.
Mesmo sendo chamado para ajudar a consertar a defesa, Fahel saiu em defesa do setor, que sofreu três gols nas quatro partidas oficiais disputadas. Mesmo assim, o volante garantiu o máximo de empenho e fidelidade às instruções de Joel Santana.
- Não acho que a defesa esteja mal. Somos os líderes da Taça Guanabara e levamos poucos gols. Não vejo motivo para essa preocupação com a zaga, mas cabe a mim fazer o melhor na partida e buscar novamente o meu espaço.