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‘Chef’ Joel garante: 'Meu time é sempre feijão com arroz, mas com belo tempero'

Em tarde inspirada, técnico brinca sobre disputa no ataque e os recém-contratados, mas pede calma: 'Se botar muita água, o arroz vira papa'

Rodrigo Benchimol
Rio de Janeiro

O bom humor sempre foi uma das marcas registradas de Joel Santana. Após a passagem pela África do Sul, o treinador retornou cheio de receitas de como levar a vida e temperar ainda melhor um time de futebol. Com os ingredientes encontrados no Botafogo, ele já conseguiu o título da Taça Guanabara. E na véspera do segundo jogo do Alvinegro na Taça Rio, contra o Duque de Caxias, nesta quinta-feira, às 21h50m (horário de Brasília), no Engenhão, ele usou seus dotes culinários para explicar suas escolhas no time.

Como um bom “chef”, Joel sabe que existe o momento certo para um ingrediente ser adicionado. Com praticamente os mesmos “temperos” de Estevam Soares, ele conseguiu fazer com que o time fosse campeão do primeiro turno do Campeonato Carioca, deixando o torcedor com mais apetite. As andanças pelo futebol o fizeram desenvolver os dotes culinários e, principalmente, futebolísticos. Por isso, garante um Botafogo bem saboroso nesta quinta-feira.

O 'chef' Joel Santana e seu feijão com arroz bem temperado: o segredo do seu sucesso à frente do Bota

- Não tem coisa melhor do que cozinhar. Quando tiro o dia para fazer alguma coisa, me divirto. No Japão, chegava em casa tarde, mas ia picar cebola e preparar as outras coisas. Só não fazia muito peixe porque é difícil, e fica aquele cheiro na casa. Na África eu fiz muito macarrão, que é o que sei fazer legal, não tem mistério. Mas meu molho é diferente. Meu time é sempre feijão com arroz com um belo tempero - garantiu Joel Santana.


Edno, por exemplo, treinou no meio de campo do time reserva nesta quarta-feira, em General Severiano. Mas ele, no entanto, ainda não foi regularizado na Taça Rio. Ainda assim, é mais um jogador que passa a dar opções a Joel, que também conta com o volante Sandro Silva e o zagueiro Danny Morais. São eles os "temperos" que o treinador pode acrescentar na sua cozinha, mas no momento certo.

- Eles vão ter espaço, mas têm de esperar um pouquinho. O time está direito, ganhando, e aí você vai começar a mexer muito? Deixa o bolo lá... Já comeu bolo solado? Tem que colocar o palitinho antes de tirar do forno para ver quando está bom. Se botar muita água no arroz, ele vira papa – brincou Joel, para falar um pouco mais sério sobre a briga por posições no elenco alvinegro. - Precisamos entender que a vida é feita de disputa, e vai haver isso aqui. Quem está jogando que trate de guardar a sua posição.

Mas a principal receita do técnico depende de Loco Abreu, que serve à seleção uruguaia no amistoso contra a Suíça. Caso ele não jogue, Joel já tem o ingrediente substituto: o talismã Caio.

- Vou esperar pelo Abreu. Ele saiu daqui falando que quer jogar (contra o Duque de Caxias), mas vamos ver isso com calma. Se não jogar, o Caio vai entrar na posição que gosta, com a mesma maneira de atuar. Só que vamos empurrar um pouco mais para frente o Herrera, que fará o papel do Abreu – disse Joel.

O time treinou nesta quarta-feira com Jefferson, Fábio Ferreira, Wellington e Fahel; Jancarlos, Leandro Guerreiro, Eduardo, Lucio Flavio e Marcelo Cordeiro, Herrera e Caio.