Gustavo Rotstein
Rio de Janeiro
Antes do rachão, porém, Loco Abreu exibiu o bom-humor habitual em General Severiano
Loco Abreu ainda não perdeu uma partida por causa de lesão e, às vésperas da Copa do Mundo e da final do Campeonato Carioca, o atacante não pretende sofrer no departamento médico. Por isso, não escondeu a irritação com as jogadas mais ríspidas do animado rachão da manhã desta quarta-feira, em General Severiano. Depois de uma entrada do lateral-direito Flávio Pará, que atingiu seu pé esquerdo, o uruguaio deixou o treinamento e rumou para o vestiário, recusando atendimento dos massagistas.
Foi um episódio isolado num dia de bom humor de todo o grupo, principalmente de Abreu, que antes do treinamento se divertiu num bate-bola com Somália e Herrera. Experiente aos 33 anos, o atacante da seleção do Uruguai garante que não tira o pé das divididas mesmo diante da proximidade do Mundial da África do Sul e da decisão do Campeonato Estadual.
- Antes da Copa de 2002 realmente fiquei preocupado com a possibilidade de lesão, pois era novo e a ansiedade era grande. Mas agora, com a experiência, sei que o melhor é nem pensar nisso. É preciso jogar com a mesma mentalidade e não ficar em dúvida. O principal é ter tranquilidade - disse Abreu, que minimizou o incidente do rachão.
Loco Abreu desfalcou o Botafogo em apenas três das 17 partidas oficiais da temporada, sendo que nenhuma delas por lesão. Contra Macaé e Friburguense, sua documentação não estava regularizada; diante do Flamengo, no último domingo, cumpriu suspensão, mas garantiu ter ficado tranquilo, mesmo ausente de um clássico importante.
- Foi normal, porque sei que o nosso time tem jogadores capazes de entrar e manter a boa qualidade - observou.