Gustavo Rotstein
Rio de Janeiro
Para Loco Abreu, eficácia é mais importante do que futebol bonito
O Botafogo conquistou a Taça Guanabara sob o estigma de se garantir apenas nas bolas aéreas. Apesar do empate em 2 a 2, no último domingo, o grupo deixou o clássico contra o Flamengo certo de que provou possuir a capacidade para encontrar soluções pelo toque de bola. Mas em General Severiano, a preocupação é fugir de qualquer rótulo e, além disso, ressaltar a composição de um grupo versátil e, acima de tudo, lutador.
Do lado de fora, por cumprir suspensão, Loco Abreu acompanhou com entusiasmo a atuação do Botafogo diante do Flamengo. Não que tenha ficado satisfeito com o resultado, mas com a dedicação do time durante os 90 minutos. E no momento de definir o espírito dos companheiros, usou uma palavra comum na comunidade futebolística hispânica para se referir ao elenco trabalhador.
- Aqui não tem jogador craque, mas o Botafogo é um time obreiro, que sabe que se houver algum desfalque na equipe titular, haverá alguém capaz de entrar e também fazer um bom jogo. Até gostaria que houvesse um craque aqui, mas está dando certo dessa forma. Muitos falam que não jogamos bonito, mas mostramos eficácia. Isso é o que importa - ressaltou.
Perto de completar dois meses nesta terceira passagem pelo clube, Joel Santana acredita que o Botafogo – mesmo em meio à falta de tempo para treinos específicos por conta do calendário apertado – tenha conseguido criar alternativas às bolas aéreas, que num primeiro momento serviram para apagar um incêndio e acabaram por se tornar uma característica da equipe.
- Naquele momento foi a maneira que encontramos para uma solução imediata, mas agora já vimos que a equipe também sabe jogar por baixo. O Abreu, por exemplo, tem mais facilidade em cima, e em determinados momentos é preciso tirar a bola do chão. O importante é que as duas formas me agradaram e que nós estamos vencendo - destacou o técnico