Um dos ex-perseguidos pela torcida, volante comemora a volta por cima na temporada 2010 e lembra importância do treinador na evolução do Botafogo
Gustavo Rotstein
Rio de Janeiro
Fahel (à esquerda) treina com o zagueiro Antônio Carlos. O volante se achou na zaga e com Joel
Todas as vezes que se desloca de casa para os treinos, Fahel reflete sobre a sua virada em 2010. De jogador vaiado a cada vez que tocava na bola, no início da temporada, principalmente depois da goleada sofrida para o vasco, na terceira rodada da Taça Guanabara, ele cresceu ao lado de toda a equipe. Hoje, passou a ser incontestável como um dos integrantes do trio de zaga do Botafogo. E, na maioria das oportunidades, essa reflexão vem acompanhada de uma trilha sonora que está presente no rádio do carro ou no iPod.
- As vaias incomodam, mas procurava ficar um pouco surdo. Gosto muito de uma música da Ana Carolina que diz “O que não falta é tatu pra me levar pro buraco”. Não é no momento de euforia que vou tirar os pés do chão, nem nos de tristeza que vou colocar a cabeça no buraco. Confio em Deus e no meu trabalho. Além disso, sei que não cheguei ao Botafogo por acaso - disse ele, citando a música “Comparsas”, composta por Ana Carolina em parceria com Seu Jorge,
Fahel avalia que a confiança é mais importante para um jogador do que qualquer outro aspecto dentro de campo. Segundo ele, o bom momento emocional se deve muito à chegada de Joel Santana, que assumiu o comando da equipe após a fatídica derrota por 6 a 0 para o time cruzmaltino, dia 24 de janeiro. Fahel não tem dúvidas ao apontar o Papai Joel como o líder do grupo rumo à reação que culminou na conquista da Taça Guanabara.
- Vejo o psicológico como mais importante do que o físico, o tático ou o técnico. Quando você não está bem, o corpo pesa mais e não tem coragem para fazer uma jogada que é capaz. Confiança é tudo, e o Joel trouxe essa confiança de volta - avaliou.