Maicosuel: 'Se a gente perder a final para o Resende, vamos ficar marcados'
Meia admite que a responsabilidade de vencer a decisão é toda alvinegra, mas lembra que a partida é complicada
Gustavo Rotstein e Thiago Lavinas Rio de Janeiro
André Durão /Globo Esporte
Maicosuel domina a bola e parte para o ataque no treino alvinegro
Em uma final como a deste domingo, entre o Botafogo, um clube 18 vezes campeão carioca, e o Resende, que subiu para a Primeira Divisão no ano passado, o favoritismo cai todo para cima do Alvinegro.
Os jogadores parecem estar vacinados para não se iludir e achar que o título da Taça Guanabara já está ganho. Mas eles sabem que são os únicos que têm a perder nesta decisão.
- O favoritismo é complicado porque ele só existe fora de campo. Se a gente perder a final para o Resende, vamos ficar marcados negativamente na nossa carreira. O Resende é uma equipe muito difícil. Mostrou isso ao vencer o Flamengo com autoridade. Precisamos ter muito cuidado - disse Maicosuel.
O Botafogo fez uma campanha bem melhor do que o Resende na primeira fase da Taça Guanabara. Marcou 16 pontos contra apenas dez do rival. Mas a superioridade histórica é que faz a pressão aumentar nesta hora. É o "peso da camisa", como gostam de falar os boleiros.
- O favoritismo vem para o nosso lado por causa das conquistas, por causa da história do Botafogo. Mas temos que respeitar muito o Resende.
Mas a diferença entre os dois clubes não para por aí. Está na estrutura, na folha salarial e até nos planos dos jogadores. Maicosuel encontrou nesta semana com Bruno Meneghel, artilheiro do Campeonato Carioca com oito gols e principal jogador do Resende. E pode perceber isso.
- A diferença está até nos planos mesmo. Eu agora sonho jogar bem e ir para a seleção. O Bruno sonha jogar bem, mas para voltar para um grande clube (o atacante do Resende começou a carreira como profissional no Vasco, em 2006) - disse o meia.
Uma das armas do Botafogo para conquistar o título da Taça Guanabara neste domingo é a bola parada. O time tem feito muitos gols em cobranças de faltas e escanteios para a área. Foi assim que saiu, por exemplo, o gol da vitória sobre o Fluminense na semifinal.
- A bola parada hoje decide os jogos. Foi o que aconteceu contra o Fluminense. E somos fortes nela. Temos o Leandro Guerreiro, o Fahel, jogadores que sobem bem e marcam gols de cabeça.