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Ney Franco: 'O Botafogo é o meu maior desafio'


Treinador completa 50 jogos no comando do Alvinegro contra o Flu

Ney Franco dchega a marca importante
(Crédito: Gilvan de Souza)

Carlos Monteiro RIO DE JANEIRO Entre em contato
Danilo Santos RIO DE JANEIRO Entre em contato


Nem o Campeonato Mineiro conquistado pelo modesto Ipatinga e nem mesmo o título da Copa do Brasil pelo Flamengo. Para Ney Franco, nenhum desses projetos se compara, em termos de dificuldade, ao que tem feito desde julho de 2008 no Botafogo.


Ao completar 50 jogos neste sábado, o treinador, em entrevista exclusiva ao LANCENET!, revela que depois de pegar o clube na beira do caos, o objetivo é fazer história. Escrever seu nome como um dos mais importantes treinadores do clube é a meta deste mineiro de 42 anos.


LANCENET!: O que mudou desde a sua chegada até hoje?


Quando cheguei, o elenco estava despedaçado e conseguimos uni-lo. Havia muitas dificuldades financeiras, tanto que esse ano muitos apostavam que seria sombrio para o clube. Mas remontamos o grupo e já ganhamos a Taça Guanabara.


LNET!: Qual a emoção de completar 50 jogos?


É um orgulho para mim estar há nove meses em um clube de tradição como o Botafogo, até pela cultura no Brasil de que três meses já é muito. Espero que possa aumentar essa marca, chegar a pelo menos 150. Meu contrato é até o fim do ano, mas tenho uma vontade enorme de renová-lo e ficar mais tempo aqui.


LNET!: Como o Botafogo chegou tão rapidamente a uma conquista?


Só conseguimos sucesso até o momento porque houve comprometimento dos atletas. Fizemos uma reunião no início do ano e mostrei que tínhamos um grupo no limite. Conseguimos torná-lo homogêneo, mesmo com os poucos jogadores que ficaram do ano passado, alguns promovidos da base e muitos contratados. Tive uma competência enorme de conseguir um título esse ano.


LNET!: O que significa treinar o Botafogo?


É o maior desafio da minha carreira. Os outros trabalhos foram em times estruturados, que já tinham uma base. Aqui mudou tudo, até mesmo a diretoria. E ainda convivemos com muitos problemas econômicos.


LNET!: Qual a maior dificuldade de trabalhar no futebol carioca?


A falta de centros de treinamentos limita muito o trabalho, principalmente, do treinador. Os atrasos nos salários também atrapalham. Mas há pontos positivos, como a grande visibilidade. O carioca émuito criativo nos estádios e faz festas mais bonitas. Além disso, o torcedor carioca sabe lidar melhor com as derrotas.


LNET!: Como você analisa a trajetória de Parreira?


Parreira é um ídolo. Sem dúvida está entre os cinco maiores treinadores do mundo. Ele serve de referência para mim. Tanto pela postura, como pela integridade e pela ética. Parreira é uma referência. Assim como eu, tem formação acadêmica e também começou como preparador físico.


LNET!: Fred ainda não foi confirmado. Se ele jogar hoje receberá marcação especial no clássico? Caso sim, de quem?


Não somente o Fred receberá atenção especial, mas o Conca e o Thiago Neves também. O Fluminense merece uma atenção especial em todos os setores, pois eles sempre têm jogadores que desequilibram uma partida.


LNET!: Alguns jogadores criticaram a pequena frequência de torcedores nos últimos jogos. O que você acha disso?


Basta melhorarmos o nosso desempenho que o torcedor voltará a estar do nosso lado.