Maicosuel se desespera após perder gol contra o Fluminense (Crédito: Paulo Sérgio)Equipe não tem conseguido repetir mesmo bom desempenho do 1º turno
ANDRÉ CASADO, CARLOS MONTEIRO E RODRIGO CIANTAR
Credenciado como favorito ao título da Taça Rio, e consequentemente do Carioca, após a conquista da Taça Guanabara, o Botafogo começa a descrever uma curva descendente, justamente na hora em que a competição entra na reta final.
O discurso oficial tenta transmitir tranquilidade e confiança, mas os números insistem em provar o contrário. No primeiro turno, o Alvinegro alcançou 81,5% de aproveitamento. Nesta segunda fase, porém, o percentual desabou para 55%.
Antes líder no acumulado de pontos, hoje o Botafogo, quarto colocado, está atrás do já classificado Vasco, que perdeu seis pontos no tapetão. No topo da tabela estão Flamengo (líder) e Fluminense (vice).
O declínio alvinegro pode ser verificado, também, quando é observado o comportamento da defesa. O número de gols sofridos aumentou mais de 100% de um turno para o outro. Na Taça GB ele era de 0,7 por jogo. Já na Taça Rio passou para 1,7.
Com queda tão acentuada, despencou também as chances de classificação para as semifinais. Segundo o site Infobola, do matemático Tristão Garcia, o Glorioso tem apenas 45% de possibilidades de passar para a fase decisiva.
Em segundo no Grupo B, o Botafogo enfrentaria, na semifinal, o Vasco. E é justamente o rival que pode dar uma mãozinha para a conquista da vaga. O time de Dorival Júnior enfrentará Macaé e Bangu, que, com os mesmos 10 pontos que o Fogão, também sonham com a classificação.
- Há vários fatores para a queda. Além de alguns erros, muito mais por desatenção, é fundamental considerar o crescimento dos outros grandes. Não podemos mais bobear - disse o técnico Ney Franco.
Mas nem toda curva está na descendente. O ataque, do vice-artilheiroVictor Simões, vai bem. Se na Taça Guanabara tinha média de 2,2 gols marcados por jogo, agora este coeficiente subiu para 2,5.
Veja as diferenças do Fogão antes e depois do título da Taça GB:
DEFESA
Antes: A formação da zaga alvinegra começou o ano com Emerson, Juninho e Guerreiro. Apesar da falta de entrosamento, o time foi bem defensivamente durante a Taça GB. Em nove jogos, sofreu seis gols.Depois: Na Taça Rio, a equipe não tem conseguido repetir o mesmo bom desempenho. Em seis jogos, a equipe já sofreu dez gols. O trio defensvio tem sido o mesmo na maioria das partidas.
ATAQUE
Antes: O Botafogo também foi bem na parte ofensiva. Victor Simões, Reinaldo e companhia conseguiram chegar à marca de 20 gols. A maior goleada foi contra o Friburguense: 5 a 1 em pleno Eduardo Guinle.Depois: O setor ofensivo do Fogão não diminuiu o ritmo nesta Taça Rio. Com15 gols marcados em apenas seis jogos, a equipe superou média alcançada na Taça Guanabara. Passou de 2,2 para 2,5 por partida.
CLÁSSICOS
Antes: Na Taça GB, o Botafogo disputou dois clássicos. Jogou melhor contra o Flamengo, mas sofreu o empate nos minutos finais: 1 a 1. Já na semifinal, venceu o Flu, com autoridade, por 1 a 0, gol do volante Fahel.Depois: Diferentementedo 1º turno, os comandados de Ney Franco não foram bem contra os arqui-rivais na Taça Rio. O Fogão foi derrotado pelo Vasco por 4 a 1 e perdeu para o Fluminense por 2 a 1.
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