Somados, salários de quatro tricolores igualam a folha do grupo alvinegro
(Crédito: Mário Alberto)
(Crédito: Mário Alberto)
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Botafogo e Fluminense seguem caminhos praticamente opostos, pelo menos fora de campo. Enquanto o Alvinegro busca solucionar sua interminável crise financeira com cortes drásticos na folha de pagamentos, o Tricolor opta por manter os altos salários dos jogadores, em sua maioria pagos pela Unimed, que tem na figura de Celso Barros uma espécie de mecenas.
A distância que separa ambos os caminhos pode ser medida por estes números: somados, os salários de Parreira, Fred, Leandro Amaral e Thiago Neves totalizam cerca de R$ 1,2 milhão, mesmo valor de todo o elenco Alvinegro e quase a folha de pagamento do departamento de futebol botafoguense (R$ 1,5 milhão).
Recém-eleito, Maurício Assumpção, em pouco mais de dois meses, já conseguiu antecipar verbas que lhe permitem saldar os vencimentos até o mês de junho. Além disso, os salários dos demais funcionários do Botafogo encontram-se em dia.
No Fluminense, o quadro é diferente. Se hoje os vencimentos estão em dia, até o início desta semana o clube penou para quitar os dois primeiros meses de 2009.
O patrocínio da poderosa dos planos de saúde permite ao Tricolor contar com grandes jogadores e seus astronômicos salários. Porém, as cotas de publicidade já estão adiantadas até dezembro, quando o contrato em vigência chegará ao fim.
O Botafogo segue um modelo mais preocupado em manter a saúde financeira do clube e não somente a do departamento de futebol. O patrocínio de R$ 9,6 milhões anuais, pago pela Liquigás, é distribuído entre todos os setores do clube.
NoFluminense, a Unimed, que já chegou a pagar R$ 15 milhões anuais ao clube, atualmente arca basicamente com a grande parte dos salários de alguns jogadores e também viabiliza contratações.
Para tornar o departamento de futebol independente dos humores dos patrocinadores, o Botafogo incentivou a formação de um fundo de investimentos, destinado a captar recursos para a contratação de jogadores de até 24 anos.
O fundo, que deve começar a atuar no mês que vem, já conta com cerca de R$ 6 milhões em caixa. Pelos lados das Laranjeiras não existe nem um projeto sequer para o futebol se tornar livre da Unimed. E olha que o contrato com a poderosa empresa está prestes a terminar.