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Torcedor tem casa roubada e pede que ladrão devolva camisa do Bangu

Bandido levou TV, DVD, relógio e roupas. Faixa colocada na rua implora por objeto de volta: 'Pode ficar com tudo que roubou. Só devolva a camisa'

 

Por GLOBOESPORTE.COM Barra do Piraí, RJ




Filho de flamenguista, Arílson decidiu o time pelo qual iria torcer em 1985. Naquele ano, o Bangu foi vice campeão carioca e brasileiro. Ao abrir o jornal depois de mais uma vitória da equipe na época de ouro, ele descobriu que nasceu no mesmo dia do Marinho, o maior nome da história do clube. A coincidência e a boa fase convenceram o torcedor. Desde então, Arílson é banguense fanático.

No início deste ano, a casa de Arílson em Barra do Piraí, cidade no sul do estado do Rio de Janeiro, foi furtada. O bandido levou televisão de LCD, DVD, relógio, roupas e uma peça muito importante: a camisa do centenário do Bangu. As perdas materiais não deixaram o torcedor tão triste quanto o sumiço da blusa do clube do coração. Por isso, ele foi à polícia e formalizou a queixa, mas também resolveu sensibilizar os bandidos. Em uma das principais avenidas da cidade, na porta de casa, ele pôs uma faixa com os dizeres: ‘Senhor ladrão que roubou minha casa, pode ficar com tudo que roubou. Só devolva as camisas e a bandeira do Bangu'. Ele até oferece dinheiro para recuperar o objeto, mas, até agora, não obteve resposta.

Torcedor Bangu faixa 2 (Foto: Reprodução/TV Globo) 
 
Torcedor coloca faixa pedindo a camisa de volta (Foto: Reprodução/TV Globo)
 
- Foi um presente que meu pai me deu de aniversário e isso me faz muita falta. Eu peço apenas que devolva a camisa do Bangu. Ela significa muito mais para mim do que para ele – explica, emocionado.

A cidade já está acostumada a ver a alegria de Seu Arílson com o time do coração. Ele é conhecido por ser o único torcedor do Bangu.

Torcedor Bangu faixa 1 (Foto: Reprodução/TV Globo) 
Arílson coleciona objetos do Bangu
(Foto: Reprodução/TV Globo)
 
- Quando o Bangu se classificou, ele fez uma carreata aqui em Barra do Piraí. Só que era carreata de um carro só... – brinca o professor Rodrigo Neves.

Nos últimos dias, a tristeza de Arílson mexeu com a cidade. Os moradores do local reforçam o coro e pedem que o ladrão devolva a camisa.

- Devolve a camisa do Arílson, por favor!