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Novo CT da CBF não fica pronto até Copa das Confederações

Não há mais tempo hábil para a obra. Entidade também admite levar estrutura administrativa para um novo lugar

 


Novo CT da Seleção Brasileira (Foto: Divulgação)  
Projeto do CT segue no papel (Foto: Divulgação)
 
Leo Burlá
Rio de Janeiro (RJ)
 
Comprado por R$ 26 milhões pela Confederação Brasileira de Futebol, o terreno do que seria a futura sede da Confederação Brasileira de Futebol, na Barra da Tijuca, tornou-se um abacaxi para José Maria Marin, presidente da CBF. Inicialmente, a área abrigaria toda a estrutura da entidade, mas o Centro de Treinamento também previsto para o local já não ficará pronto a tempo de receber o Brasil no período de preparação para a Copa das Confederações, visto que os técnicos apontavam o mês de março de 2012 como a data limite para o início do empreendimento.

Antes apresentado como um dos mais ambiciosos planos da gestão do ex-presidente Ricardo Teixeira, a área de 104 mil metros quadrados também corre sérios riscos de não mais abrigar a estrutura administrativa da entidade. Em vídeo postado no portal da CBF, Marin confirmou que já trabalha com outras hipóteses para receber a nova sede e o futuro Museu do Futebol. Não está descartada a compra de um novo local.

O dirigente prometeu 'investir dinheiro em tijolo', e baseou sua afirmativa a partir de estudo elaborado por um grupo de trabalho contratado para fazer uma radiografia completa na área da Barra. Os laudos detectaram problemas no solo e apresentaram os custos para tornar o terreno mais viável para a construção.

As possibilidades estão sobre à mesa do dirigente, que prometeu finalizar a operação até o final de seu mandato na CBF.

- Em até dois anos espero inaugurar uma sede moderna que dê condições aos funcionários - disse Marin.

TERRENO POLÊMICO

Em setembro de 2009, o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, lançou a pedra fundamental do que seria a futura sede da entidade.

- É um marco para o futebol do Brasil. Vamos reunir em um mesmo local a nova sede, o centro de treinamento, a concentração e um museu. Tudo feito com o dinheiro da CBF - disse à época Ricardo Teixeira.

O entusiasmo, contudo, virou pesadelo. A previsão era de que as obras fossem iniciadas em 2010, mas problemas relacionados à eventuais fraudes em terrenos da Barra da Tijuca contribuiu para os atrasos.

A área foi alvo de uma investigação por parte de uma CPI constituída na Assembleia Legislativa do Rio, e o antigo proprietário, Pasquale Mauro, era o principal suspeito de um esquema de falsificação de registros de imóveis na Barra.

A CBF ainda se viu às voltas com posseiros que reivindicavam a posse do terreno.