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Reinaldo e Léo Moura: destinos cruzados mais uma vez na decisão

Atacante foi criado na Gávea e defende o Botafogo. Lateral fez o caminho inverso. Encontro no São Paulo estreitou laços dos jogadores

Cahê Mota, Eduardo Peixoto e Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
Ricardo Rimoli/Lance
Ainda sem o visual moicano, Léo Moura disputa partida pelo Botafogo


Cahê Mota, Eduardo Peixoto e Gustavo Rotstein Rio de Janeiro

Agência/Globo
Reinaldo disputou 133 jogos pelo Flamengo e marcou 47 gols entre 1999 e 2001

Em 1997 e 1998, Léo Moura e Reinaldo duelaram pelos campos esburacados do Campeonato Estadual de Juniores do Rio de Janeiro. Vestiam camisas trocadas. O lateral-direito jogava no meio-campo do Botafogo, enquanto o atacante era uma das principais promessas do Flamengo ao lado do goleiro Julio César. Os confrontos viraram meras estatísticas das categorias de base. Não criaram lembranças e muito menos rivalidade entre os personagens.

- Não me recordo de ter enfrentado o Reinaldo em jogos dos juniores – admitiu Léo Moura.

Nos profissionais, o único jogo registrado com os dois vestindo as camisas contrárias aconteceu no dia 10 de outubro de 2001, pelo Campeonato Brasileiro. Flamengo e Botafogo empataram por 2 a 2. Léo foi expulso e o atacante passou em branco. (assista ao vídeo ao lado com os melhores momentos da partida). Naquele mesmo Brasileirão, Léo Moura fez um único gol pelo Botafogo na vitória por 3 a 1 sobre o Palmeiras.

As carreiras seguiram caminhos diferentes e chegaram a um ponto de interseção em 2003, quando os dois fluminenses atuaram juntos no São Paulo. A amizade surgiu e a intimidade permitiu que o centroavante botafoguense colocasse um apelido no companheiro: Harry, participante do Big Brother Brasil 3.

- Mas isso foi antes de eu cortar o cabelo no estilo moicano – avisou o lateral-direito. Neste domingo, os dois começam a decidir o Campeonato Carioca e desafiam o currículo vitorioso. Reinaldo participou três vezes do Estadual e tem 100% de aproveitamento. Todas pelo Flamengo (1999, 2000 e 2001).

Por sua vez, Léo Moura também busca o tricampeonato que o amigo conseguiu. Para tal, conta com o bom retrospecto contra o clube que o formou: foram apenas duas derrotas em 16 jogos.

Léo era reserva na base do Botafogo

Se na Gávea o lateral-direito ostenta o status de titular incontestável desde que chegou ao clube, em junho de 2005, no clube alvinegro a situação era diferente. Segundo Sebastião Leônidas, funcionário do Bota e zagueiro na década de 60, Léo era reserva de um xará.

- O Léo, que hoje está no Resende, era o dono da posição porque era considerado o melhor jogador das divisões de base do Rio. Desde que chegou aqui, o Léo Moura sempre foi muito magrinho e habilidoso e respeitava o fato de ser reserva. Só quando voltou ao clube, em 2001, já profissional, ele passou a jogar na lateral – revelou.

O GLOBOESPORTE.COM acompanha a primeira partida da final entre Flamengo e Botafogo neste domingo, às 16h (de Brasília), em Tempo Real, com vídeos. A TV e a Rádio Globo transmitem para todo o Rio de Janeiro.