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Botafogo tenta impedir penhora para pagamento de dívida com Donizete

Clube promete movimentação na Justiça nesta segunda-feira e lembra que ex-jogador está em fila com outros credores

Gustavo Rotstein e Marlos Bittencourt Rio de Janeiro

Bota contesta decisão da Justiça que penhorou parte da renda da Taça Rio

Ligados por um passado de alegrias, Botafogo e Donizete estão agora de lados opostos na Justiça. Na última quarta-feira, o advogado do Pantera conseguiu a penhora do dinheiro arrecadado nas bilheterias que vendem ingressos para o primeiro jogo da final do Campeonato Carioca para que seja paga uma dívida antiga do clube com o ex-jogador.

Nesta quarta, foi a vez de Maurício Assumpção, presidente alvinegro, explicar o motivo pelo qual até o momento não houve acordo para resolver o caso.

Segundo o presidente, a sequência de feriados no Rio de Janeiro nesta semana impediu que o departamento jurídico do clube conseguisse impedir a penhora, o que pode acontecer na próxima segunda-feira. Donizete é um dos componentes da fila de credores do Botafogo.

O clube está inscrito no ato que determina que os clubes de futebol destaquem 20% de suas receitas para pagar dívidas trabalhistas (o depósito é de R$ 500 mil mensais ou R$ 10 milhões anuais). No entanto, o Alvinegro anteriormente havia solicitado uma liminar para que fosse mantido no programa, mas sem destinar todo o valor estipulado, alegando não ter caixa para tal.

- O Donizete está nessa fila, e nossa intenção era até fazer um acordo paralelo com ele. No entanto, precisamos de autorização do Tribunal Regional do Trabalho, para que não haja risco de punição. No início do ano, conversamos com a então presidente do TRT, mas ele lembrou que estava deixando o cargo e pediu que isso fosse tratado com o novo presidente. Eu mesmo iniciei as conversas com o Donizete e seu advogado, mas em seguida ressaltei que dependia do nosso departamento financeiro o modo como essa dívida seria paga - explicou Maurício Assumpção.

Segundo o departamento jurídico do Botafogo, o ato de restrição de penhora foi violado, pois esta seria uma atribuição de exclusiva competência do presidente do TRT, mas foi executado por um juiz singular.