Total de visualizações de página

Emerson preocupado com tudo: ‘É preciso tomar cuidado com as palavras’


Novato no futebol nacional, Sheik da Gávea tira lições no dia-a-dia e não quer dar armas para o Botafogo na decisão do Campeonato Carioca

Cahê Mota e Eduardo Peixoto
Rio de Janeiro


Fernando Maia/Globo


Emerson e Josiel treinam forte na Gávea Recortes de jornal na porta do vestiário, perguntas provocantes da imprensa, soberba, gozações do torcedor... Até certo ponto o mundo do futebol é previsível e todo mundo está cansado de saber que em semana de decisão qualquer sopro pode virar um furacão de motivação no rival. Preocupado com isso, a tática na Gávea é de precaução, muita precaução na hora das entrevistas.

Na preleção para a final da Taça Rio, uma declaração de Victor Simões foi usada por Cuca para “atiçar” os jogadores e, mesmo com pouco tempo no futebol brasileiro, foi o suficiente para Emerson aprender bem a lição.

- Em semana decisiva é preciso tomar cuidado com as palavras e com as coisas que se faz.

O Sheik, por sinal, tem ficado alerta com tudo o que tem acontecido ao seu redor. Mesmo com a experiência de mais de dez anos como atleta profissional, o atacante tem procurado conversar com os mais antigos para seguir se comportando bem no clube.

- Tenho 30 anos e não é meu primeiro clube. Tenho oito equipes diferentes na carreira, em quatro países. Naturalmente, em cada lugar há um ambiente e história, mas não sou mais criança. Só que é sempre bom ouvir jogadores experientes e que estão aqui há mais tempo. Quando cheguei me aproximei dessas pessoas para aprender mais o que é o Flamengo.

Uma atitude, porém, não precisou de orientações para ser mudada. Bastou o primeiro mês passar para toda a sensibilidade do Emerson, que quase chorou na apresentação, ficar para trás e dar lugar ao profissionalismo.

- Aquela parte de emoção e sonho já ficou um pouquinho para trás. Estou em um clube em uma semana decisiva e é preciso estar focado, pensando na partida. A semana começou bem.