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Joel defende mata-mata no Brasileiro: 'Prefiro o que seja mais rentável'

Treinador não critica pontos corridos, mas defende antiga fórmula de disputa

Por Diego Rodrigues
Rio de Janeiro

                  
Joel Santana durante coletiva do Botafogo
(Foto: Diego Rodrigues / GLOBOESPORTE.COM)

Justiça ou emoção? A pergunta vem desde 2003, quando o Campeonato Brasileiro passou a ser disputado por pontos corridos, não mais com fase mata-mata. Uns defendem que pontos corridos é mais justo. Outros acreditam que tem pouca emoção durante o desenrolar das rodadas, até que sejam definidos o campeão, os classificados para a Libertadores e os rebaixados, o que pode acontecer antes mesmo da última rodada. Em contrapartida, alguns defendem que a fórmula anterior é mais imprevisível, traz mais público pelo fator emoção.

Nesta terça-feira a discussão foi lançada novamente. O técnico Joel Santana deu sua opinião e, sem criticar a fórmula atual, defendeu o campeonato com fase eliminatória.

- É muito difícil falar qual a melhor forma. Eu gosto da que vinha antes, com quatro ou seis clubes que se classificavam (na verdade, eram oito) e depois disputavam playoff. Eu gosto desse tipo porque no momento que você arranca, fica mais forte e dá oportunidade de recuperar lá na frente.

A defesa do treinador tem como argumento a presença do público. Ele aproveitou para citar exemplos que comprovem a sua tese.

- Eu acho que é mais rentável. Prefiro a que seja mais rentável e que dá mais motivação ao torcedor. Tem que dar esperança. A Libertadores é mata-mata e quase todo jogo tem casa cheia. O público admira mais. Não estou fazendo crítica, mas é uma opinião para chegarmos ao que é melhor para nós todos. Nas competições americanas, por exemplo, tudo tem playoff. E está sempre cheio. Você acaba jogando com 8, 9 e 10 mil torcedores, mas 40, 50 mil é que dá retorno.

Para completar o raciocínio, Joel Santana lembrou o Brasileirão de 2002. Na ocasião, o Cruzeiro brigou até a última rodada com Santos por um lugar na fase eliminatória. Melhor para o Peixe, que se classificou em oitavo, na última vaga, e terminou campeão em final contra o Corinthians.