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Teco usa chance na Copa Sul-Americana para recuperar confiança e salário

Zagueiro, que defendeu o Botafogo em apenas 45 minutos, comemora retorno aos gramados na partida contra o Atlético-PR, nesta quarta-feira

Gustavo Rotstein Rio de Janeiro


Para o Botafogo, a partida contra o Atlético-PR, pela Copa Sul-Americana, tem menor importância, se comparada à luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Mas para Teco, o confronto desta quarta-feira, em Curitiba, é como se fosse válido pela Copa do Mundo.

Há quase oito meses no clube, esta será o segundo jogo oficial do zagueiro pelo Alvinegro. Ele disputou apenas 45 minutos do empate em 2 a 2 com o Sport, dia 30 de maio. Ele ainda defendeu a equipe num amistoso contra o Brasil de Pelotas.

Teco ainda sofre as consequências de duas delicadas cirurgias consecutivas no joelho. O drama, que começou em 2007, quando estava no Grêmio, faz com o que ainda hoje o zagueiro conviva com lesões, o que o impede de alcançar uma sequência e buscar seu espaço no Botafogo. Por isso, ele teve seu salário reduzido pela diretoria, com a promessa de que o valor total seria retomado no momento em que recuperasse as condições ideiais.

Por isso, Teco tem muitas razões para estar motivado antes da partida contra o Atlético-PR O zagueiro, entretanto, garante que a principal delas não é a financeira.

- Quero muito voltar. Não pelo salário, mas porque tenho o objetivo de conquistar a confiança do treinador. Além disso, somente joguei uma partida, e isso é muito pouco para alguém que chegou ao clube com o status de que comandaria a zaga. Entendi essa questão do salário, pois o Botafogo vive dificuldades financeiras e está se esforçando para pagar em dia. Eu é que agradeci aos dirigentes por terem me mantido no clube - afirmou.

O zagueiro reconhece que fatalmente sentirá a falta de ritmo jogo, mas diz estar recuperado. Não apenas fisicamente, mas, principalmente, de cabeça. Teco fez questão de agradecer à psicóloga do Botafogo, Maíra Ruas, pelo trabalho realizado semanalmente.

- Ela foi fundamental para que eu não ficasse desmotivado. O trabalho psicológico abriu minha cabeça. Sei que estou devendo, mas consegui superar o momento difícil com a ajuda da Maíra, da minha família e de todos aqui no Botafogo.