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Dez erros de arbitragem que chamaram a atenção no futebol brasileiro em 2009

Árbitros do país causam muitas polêmicas em partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Nos Estaduais e Copa do Brasil, não foi diferente

GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro

Assim como em temporadas anteriores, os erros de arbitragem no futebol do país vão se acumulando em 2009. Seja no Brasileirão, na Série B, nos Estaduais ou na Copa do Brasil, as falhas apareceram e geraram muitas reclamações de jogadores, técnicos, dirigentes e torcedores.
O GLOBOESPORTE.COM selecionou uma lista com dez erros de arbitragem que causaram muitas polêmicas ao longo do ano. Gols de mão, impedimentos e pênaltis mal marcados, outros não marcados equivocadamente, além de cartões aplicados de forma confusa estão entre as falhas dos 'homens do apito'.

No último sábado, o atacante Wellington Silva, do Paraná, fez um gol de mão e seu time derrotou o Ceará por 1 a 0, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Depois de muita reclamação, o árbitro Charles Hebert Cavalcante Ferreira validou a jogada, para desespero da equipe mandante. O presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Sérgio Corrêa, afirmou que o alagoano não apita mais este ano.

Aliás, a temporada começou já com um erro grosseiro. O Friburguense teve um gol legítimo anulado no jogo contra o Flamengo justamente na rodada de abertura do Campeonato Carioca, dia 25 de janeiro. Victor Hugo estava atrás de três rubro-negros quando partiu para empurrar a bola para a rede, mas o árbitro Leonardo Garcia marcou impedimento. No fim, após anunciar quatro minutos de acréscimos, o juiz cumpriu apenas dois e o Fla ganhou por 1 a 0 no Maracanã.

Erros em série no Campeonato Brasileiro

No Brasileirão, os erros continuaram. Na sexta rodada, dia 20 de junho, Obina chamou a atenção ao marcar um golaço para o Palmeiras diante do Atlético-PR, na Arena da Baixada. O lance foi legal, mas acabou invalidado pelo árbitro mineiro Alicio Pena Junior, que assinalou impedimento. O Verdão teve de se contentar com um 2 a 2.

Um dia depois, a vitória do Atlético-MG por 3 a 2 sobre o Santos, na Vila Belmiro, também foi repleta de polêmicas. Djalma Beltrami (RJ) avisou que daria três minutos de acréscimo, mas depois de dois apitou o término do jogo - e o árbitro reserva havia mostrado a placa com quatro. Os santistas reclamaram, e a partida recomeçou. Aos 50, o Peixe empatou, com um gol de Molina, mas o juiz invalidou o lance marcando falta inexistente de Kléber Pereira. Léo reclamou muito e foi expulso.

Antes da final da Copa do Brasil, o Internacional deu a entender que o Corinthians era beneficiado pela arbitragem. O dirigente Fernando Carvalho chegou a fazer um DVD com lances que teriam favorecido o Timão no torneio. Só que os erros mais evidentes em um confronto entre os dois clubes este ano aconteceram quase dois meses depois da decisão. No dia 19 de agosto, Chicão e Jorge Henrique, ambos em impedimento, marcaram na vitória dos paulistas por 2 a 1 no Beira-Rio, em jogo comandado pelo árbitro Wagner Tardelli, do Rio de Janeiro.

Se contra o Corinthians o Internacional sofreu dois gols irregulares, diante do São Paulo a história foi escrita de forma contrária. No dia 22 de julho, também no Beira-Rio, o trio comandado pelo carioca Rodrigo Nunes de Sá errou na marcação dos dois gols do time gaúcho, já que Alecsandro, em ambos, estava impedido. Para compensar, foi marcado um pênalti inexistente de Guiñazu em Richarlyson, que Washington desperdiçou. O placar terminou 2 a 2.

O empate por 3 a 3 entre Corinthians e Botafogo, dia 23 de agosto, teve um festival de lambanças e reclamações dos dois times no Pacaembu. O segundo gol do Timão saiu de uma falta inexistente. O Glorioso igualou graças a um toque de mão de André Lima. E o terceiro do Timão saiu depois de um lance em que só o árbitro Arilson Bispo da Anunciação viu pênalti. No fim das contas, o baiano foi afastado das escalas e passou por um período de reciclagem.

Outro jogo bastante polêmico envolvendo o Botafogo foi o empate com o Grêmio, também por 3 a 3, no dia 30 de agosto. Mário Fernandes recebeu lançamento pela direita e cruzou depois que a bola já havia ultrapassado a linha de fundo. Os alvinegros pararam pedindo tiro de meta, e Jonas emendou, marcando para o Tricolor. Pouco depois, Thiaguinho chutou, e a bola tocou no braço de Adilson dentro da área. O paulista Rodrigo Martins Cintra mandou seguir, causando revolta no time carioca. Ao fim da partida no Engenhão, quando se dirigia ao vestiário, o árbitro foi cercado por dirigentes botafoguenses, que foram contidos por policiais e seguranças do clube.

Falhas também na Copa do Brasil

Já nas oitavas de final da Copa do Brasil, um lance confuso do árbitro chamou a atenção na vitória da Ponte Preta sobre o Americano, por 2 a 1, dia 5 de maio, no Moisés Lucarelli. O goiano Elmo Alves Resende Cunha mostrou cartão amarelo para Ernani, do time campista, que até então não havia recebido punição. Como achou que já tinha advertido o jogador, o árbitro acabou aplicando o vermelho em seguida. De nada adiantaram as reclamações.

Na partida de volta da semifinal, dia 3 de junho, no Pacaembu, o Vasco foi prejudicado no jogo contra o Corinthians. O atacante Elton teve sua camisa puxada por Chicão dentro da área, em pênalti claro não marcado pelo árbitro Leonardo Gaciba. O jogo terminou sem gols e o Timão acabou se classificando.