Gustavo Rotstein
Direto de Guaiaquil, Equador
Para muitos, uma viagem para o Equador e a disputa de outra competição que não o Campeonato Brasileiro seria o ideal. Assim, o Botafogo poderia fugir da pressão que se instalou em General Severiano após a derrota por 3 a 1 para o Vitória e os violentos protestos decorrentes dela, ainda no Engenhão. Mas para Maurício Assumpção, não é hora de fugir dos problemas, mas resolvê-los.
Em entrevista concedida após a chegada da delegação alvinegra a Guaiaquil, onde o Botafogo enfrenta o Emelec, nesta quarta-feira, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, o presidente comentou o seu momento mais difícil desde que assumiu o comando do clube, há quase nove meses.
Tranquilidade no Equador?
- Não dá para simplesmente esquecer o Campeonato Brasileiro. Não viemos ao Equador em busca de tranquilidade e nem para fugir de nada. Estamos aqui para dar continuidade à disputa por um título, mas sabemos que nossa situação é difícil na outra competição. O que importa é que existe um grupo compromissado com o Botafogo, e por isso estamos confiantes. Quem não estiver fechado conosco, que pegue um barco e vá embora.
Corte de Jônatas e Eduardo
- Não estava no vestiário no momento em que aconteceu a discussão com o Márcio Touson, mas não houve agressão. O caso dos dois foi pontual, eles estão fora do jogo contra o Emelec. Se o Estevam quiser, poderá utilizá-los no domingo, diante do Goiás.
Mudança no comando da equipe?
- Ele tem sido muito competente. Sob o comando do Estevam, tivemos atuações excelentes, mas foram jogos que não conseguimos vencer por causa da arbitragem. A questão não é essa. Os próprios jogadores disseram que são eles que precisam render melhor. Nós da diretoria temos que saber o que deve ser feito para isso acontecer.
Possível saída de Anderson Barros, gerente de futebol
- A diretoria precisa resolver algumas questões, mas não tem que anunciar de véspera. Na próxima quinta-feira haverá uma reunião com todos os vice-presidentes para tratar de diversos assuntos, e esse é um deles, mas não é apenas o Anderson. Pode ser o meu trabalho também. É muito fácil falar que vamos afastar fulano, mas radicalismos nunca levaram o Botafogo a lugar algum.
Futuro do Botafogo no Campeonato Brasileiro
- O Botafogo não vai cair. Os jogadores me garantiram isso, e eu acredito na palavra deles.