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Rodada 4 do Brasileiro _ Minhas Impressões

Blog do Gilmar Ferreira




Botafogo 2 x 2 Sport


Já disse: se a torcida do Botafogo não tiver a paciência e a coragem para transformar o time de Ney Franco num cavalo alado, indomável e fuçador, os espinhos da caminhada de 2009 machucarão como os de 2002.

Pois tudo o que a atual diretoria do clube não merece é ter de viver a aventura de se manter entre os grandes tendo contra si a própria torcida, essência de sua existência.

O empate em 2 a 2 com Sport no Engenhão, obtido a duras penas, mas com sabor de vitória após um primeiro tempo deplorável, deixou a impressão de que a aliança entre o time e seu povo está por um fio.

Ok: já são quatro jogos e nenhuma vitória _ três empates e uma derrota para ser mais exato.
Mas, e daí? A montagem deste time foi cirurgicamente difícil, achatada pelos parcos recursos disponíveis numa terra arrasada pelo fracassado segundo mandato da gestão de Bebeto de Freitas.

A campanha no Estadual mostrou-se surpreendente aos nossos olhos, mas a perda de Maicosuel, o ponto de luz no escuro de um elenco de qualidade duvidosa, desfez o sentido mágico de um time só esforçado.

Sentido que Ney Franco tenta recuperar repatriando Lucio Flavio e buscando opções promocionais num mercado a cada dia mais selvagem _ trocando os aros da carroça com os animais a pleno galope.

Neste quarto jogo pelo Brasileiro, o time iniciou displicente e claudicante, sofreu dois gols no primeiro tempo, e precisou mudar sua forma de jogar (passando do 3-5-2 ao 4-4-2) para evitar a vexatória derrota.

Derrota que, a bem da verdade, só não veio porque as vaias impacientes e as reações indignadas foram incapazes de calar as vozes de uma parte da torcida que empurrou o time durante os 90 minutos.

E assim, meio raivosos, meio possuídos, os jogadores se fizeram guerreiros e buscaram os dois gols que poderiam ter sido três ou quatro.

E assim também será, acreditem, por toda a caminhada neste Brasileiro que se desenha ainda mais equilibrado do que já foi o último.

Tanto na parte de cima da tabela, quanto na de baixo, o diferencial estará no intangível, no imperceptível _ talvez, na fina faixa que ainda separa os ckubes verdadeiramente grandes dos chamados emergentes.