Gustavo Rotstein
Capitão, artilheiro, ídolo. Este era o status de Lucio Flavio no Botafogo, no fim de 2008. Menos de seis meses depois, o meia retornou a General Severiano sob protestos de um grupo de torcedores contrários à sua contratação após uma passagem apagada pelo Santos. Mas o jogador, que chegou ao Alvinegro com a função de conduzir um time em mau momento técnico, ainda abalado com a perda de Maicosuel, sabe que precisa fazer valer a importância a ele atribuída.
- Como saí no fim do ano, num momento em que o clube vivia dificuldades, acho que alguns torcedores não gostaram muito. Mas quem acompanha apenas pelos noticiários não sabe realmente o que acontecia no Botafogo naquele momento. Volto pela identificação e pela amizade que tenho com dirigentes e atletas. Entendo que o time não vive boa fase e sofre pressões externas, mas estou disposto a ajudar para que voltemos a vencer. Sei da responsabilidade que tenho - disse o meia ao GLOBOESPORTE.COM, recordando o tempo de salários atrasados, em 2008.
Lucio Flavio disse não ter ficado abalado com as demonstrações de rejeição por parte de um grupo de torcedores. Ele lembra que sua vontade de voltar ao Botafogo e retomar do ponto de onde parou supera qualquer incômodo que esta manifestação possa causar.
- Respeito a opinião das pessoas, mas sei que essa é uma pequena parte dos torcedores. As manifestações de apoio que recebi foram muito grandes. Abri mão de defender clubes rivais do Botafogo para estar novamente perto da torcida - explicou ele, que chegou a ser indicado por Cuca para reforçar o Flamengo.