Cercado de especialistas em diversas áreas no clube, Maurício Assumpção dá início ao seu mandato em General Severiano driblando a inexperiência
Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
Gustavo Rotstein/GLOBOESPORTE.COM
Com o intérprete do Salgueiro, Quinho, Maurício Assumpção assiste ao primeiro título no Glorioso
Com o intérprete do Salgueiro, Quinho, Maurício Assumpção assiste ao primeiro título no Glorioso
Para dar novamente paz financeira ao clube e montar um elenco campeão e ao mesmo tempo sem medalhões, a nova diretoria do Botafogo adotou um lema que precisou ser cumprido à risca: pés no chão.
Os cartolas alvinegros, que substituíram a gestão de Bebeto de Freitas em 2009, entenderam que não era mais possível gastar mais do que se arrecada. Desconhecido de jogadores e de muitos sócios do clube, Maurício Assumpção assumiu a presidência consciente de que precisava estar cercado de pessoas com maior experiência administrativa. Tanto que algumas pessoas próximas dizem que ele jamais vai sozinho a uma reunião, pois pretende estar embasado para discutir qualquer assunto. Além disso, procurou transpor para o Botafogo a sua experiência no futebol de praia.
- Fui jogador, técnico e dirigente no futebol de praia, e, guardadas as devidas proporções, isso me deu vivência. Aprendi que ninguém faz nada sozinho. Por isso, é importante ter ao lado pessoas que não digam amém para tudo o que você faz ou diz. É necessário contar com pessoas que tenham capacidade para falar que você está errado e mostrar outros caminhos. Como não sou gestor na essência, trouxe especialistas em diversas áreas, que são remunerados e competentes - explicou.
São os casos de Anderson Barros (gerente de futebol), Renato Blaute (diretor financeiro) e Sérgio Landau (gestor do fundo de investimento), que se juntaram a André Silva, vice de futebol e Cláudio Good, vice financeiro, conhecedores do dia-a-dia do clube há alguns anos.
São os casos de Anderson Barros (gerente de futebol), Renato Blaute (diretor financeiro) e Sérgio Landau (gestor do fundo de investimento), que se juntaram a André Silva, vice de futebol e Cláudio Good, vice financeiro, conhecedores do dia-a-dia do clube há alguns anos.
Maurício Assumpção também contou com o retorno de Manoel Renha, ex-vice de futebol e desafeto de Bebeto de Freitas, que agora atua como colaborador do departamento de futebol.
Como torcedor e chefe de delegação do Botafogo em anos anteriores, André Silva tinha uma boa noção da realidade do clube antes de assumir a vice-presidência de futebol.
Ele evita comparações com a gestão de Bebeto de Freitas, mas diz que a nova diretoria não se permite fazer loucuras.
- Colocamos o pé até onde podemos alcançar. Nossa forma de agir é discreta, silenciosa e com os pés no chão, deixando clara qual é a realidade.