Comandante do Botafogo assiste à decisão ao lado dos torcedores comuns e lembra de quando antecipou vaga do time alvinegro na final do Estadual
Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
Momentos antes de se juntar à torcida alvinegra, Assumpção levou o salgueirense Quinho junto
Maurício Assumpção viveu neste domingo uma experiência de transição. Presidente do Botafogo há apenas dois meses, ele assistiu à final da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca, nas cadeiras especiais do Maracanã, tendo em volta torcedores comuns, incluindo seu pai, Maurício, e seu filho, Rodrigo. Mas inicialmente procurou se comportar de maneira mais fria, e somente explodiu de comemoração quando o Alvinegro marcou seu terceiro gol sobre o Resende. Neste momento, deixou as cadeiras e, cercado por dois seguranças, rumou com seu filho em direção ao gramado. No trajeto, poucas pessoas o reconheceram. Alguns diziam para a pessoa do lado: “É o presidente”.
E numa declaração que na época soou como a de um torcedor, Maurício Assumpção disse, antes do início da temporada, que o Botafogo estaria na final do Estadual. Enquanto se dirigia ao campo para levantar sua rimeira taça como presidente, ele explicou qual era o seu pensamento naquele momento.
- Cabia a mim dar moral àquele grupo, que vinha desacreditado. Como presidente, tinha de apostar nos jogadores e, acima de tudo, mostrar a credibilidade que tinham. Mas lógico que se não tivéssemos conquistado a Taça Guanabara começariam a surgir dúvidas desnecessárias sobre o nosso trabalho - disse.
Alguns minutos depois, já na sala de entrevistas, Maurício Assumpção não esqueceu que veio da arquibancada, mas também falou como presidente. Ele lembrou da importância dos torcedores alvinegros no sucesso da equipe no primeiro turno.
- A torcida fez a diferença e mostrou que, por ela, vale qualquer sacrifício. Também gostaria de agradecer à diretoria. Sou feliz pelos amigos que tenho. São eles que dão a condição para o Botafogo voltar a conquistar títulos.