No duelo de gerações, Rafinha encontra ídolo Seedorf: ‘É craque’
Rubro-negro, que passa a conviver com o reconhecimento nas ruas, diz que assistia ao holandês pela televisão e 'torcia bastante' por ele
Rafinha diz que é reconhecido nas ruas: "Pessoal
pede para tirar fotos" (Foto: Janir Júnior)
pede para tirar fotos" (Foto: Janir Júnior)
Há poucos anos, Rafinha sentava em frente à TV para assistir aos jogos
do Campeonato Italiano. Ainda longe do sonho de ser jogador
profissional, o jovem torcia para um jogador em especial: Seedorf.
O tempo passou, o atual camisa 11 do Flamengo cresceu, foi integrado ao
elenco principal no início da temporada e conseguiu belas atuações no
Campeonato Carioca. No domingo, ficará frente a frente com o ídolo,
agora de verdade, em um duelo de gerações no clássico contra o Botafogo.
O maranhense tem 19 anos, e o holandês, 36 - ambos nascidos em um 1º de
abril.
- É importante para mim (o duelo com Seedorf). Ele é um cara que até
pouco tempo eu via na televisão. Torcia quando ele jogava no Milan,
torcia bastante. Ele é craque. Temos que colocar a bola no chão e sair
com a vitória - afirmou Rafinha.
Questionado se poderia arriscar um drible por entre as pernas de
Seedorf no Engenhão, Rafinha disse que vale tudo, mas passou longe de
qualquer tipo de provocação:
- Dentro de campo tudo é válido, independentemente se for dar caneta ou não, vou dar o meu melhor, e ele o melhor dele.
Rafinha começa a dar os primeiros passos na longa estrada que Seedorf
percorreu com grande sucesso. O camisa 10 do Botafogo teve passagens por
Ajax, Sampdoria, Real Madrid, Internazionale de Milão e Milan, além da
seleção holandesa.
Já o jovem rubro-negro, nascido em Porto Franco (MA), logo foi com a
família para Brasília e passou a jogar futebol. Há cinco anos, chegou ao
Rio para defender o CFZ e, depois, se transferiu para o Flamengo.
Rafinha e Seedorf têm tido boas atuações no Carioca e são os dois jogadores com maiores médias
nas atuações do GLOBOESPORTE.COM. Ainda muito distante de ter o
reconhecimento que o holandês conquistou, Rafinha já desfruta da fama,
mas sempre com os pés no chão.
- Pessoal pede para tirar fotos. Às vezes, nem sei a dimensão disso
tudo, só quando eu saio que vejo. Não era tanto, agora é bem mais -
disse o jogador.
Durante o carnaval, enquanto Seedorf acompanhou o desfile das escolas
de samba em um badalado camarote na Marquês de Sapucaí, Rafinha viajou
para São Pedro da Aldeia, Região dos Lagos. Em vez de ser alvo de
flashes, ouviu apenas uma perguntinha ao pé do ouvido.
- Descansei, pois a temporada é muito longa. Foi relax total. Fui na
praça de São Pedro da Aldeia, tinha muita gente. Aí, uma pessoa chegou
no meu ouvido e perguntou: “É você mesmo?”. Levei um susto, mas é legal o
reconhecimento do trabalho.