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Fluminense desaprova vídeo do Bota com bastidores do 'Clássico Vovô'

Além da partida entre os rivais cariocas, imagens também mostram conversa no jogo contra o Audax, em Moça Bonita

 


Guilherme Abrahão

Fluminense x Botafogo - Valencia e Seedorf (Foto: Cleber Mendes)


O último clássico entre Botafogo e Fluminense foi no dia 27 de janeiro, mas ele ainda ecoa até hoje. A diretoria e a comissão técnica do Tricolor não digeriram um vídeo divulgado pelo site oficial do Alvinegro, que mostra o técnico Oswaldo de Oliveira e o meia Seedorf inflando o elenco após o 'Clássico Vovô'.

As imagens mostram o treinador dizendo que os jogadores do Bota deveriam "ir para dentro deles" e que eles tinham que "peitar e meter a mão na cara" dos jogadores do Flu. Tudo por conta de uma discussão entre Valencia e Seedorf, na etapa final da partida.

- Quando tem briga, vamos brigar com os caras todos juntos. Desde o começo precisamos ir com tudo. Tem cartão para lá e para cá. Essa atitude faz a diferença no final - disse Seedorf, na ocasião.
Na sequência, Oswaldo de Oliveira segue a linha de pensamento do craque:

- É isso, Seedorf. Nós temos é que comprar o barulho mesmo. Ir dentro deles, não tem que refrescar porra nenhuma. Vai, peita, mete a mão na cara como eles (jogadores do Fluminense) estavam fazendo.

Além de imagens após o clássico, o vídeo contém conversas no vestiário após a vitória por 4 a 0 sobre o Audax, em Moça Bonita.

WÁGNER FOGE DE POLÊMICA
Já o meia Wágner, que trabalhou com Oswaldo de Oliveira no Cruzeiro, preferiu evitar a polêmica e disse que não assistiu ao polêmico vídeo.

- O Oswaldo é um cara nota mil como pessoa e treinador. É esperto, creio que ele não deva ter feito isso de mandar provocar. Jogo é jogo. Se consegue tirar o melhor jogador deles do sério, é uma maneira de jogar. Libertadores é assim, o brasileiro cai muito na do argentino porque tem sangue mais quente. No nosso time ninguém saiu da linha e todos têm cabeça fria. A gente sabe tomar porrada, mas vamos vencer no futebol. Se eu fosse treinador e jogando com uma equipe que o jogador tem um estopim curto, mesmo sendo um grande jogador e provocando sem ser covarde, acho que vale. O mais esperto pode estar vencendo - declarou o apoiador.

No vídeo do Botafogo, um dos jogadores que pedem a palavra é Bolívar. Conhecido pelo seu papel de liderança nos anos em que atuou pelo Internacional, o zagueiro falou sobre o assunto, nesta segunda-feira, em entrevista coletiva, no Engenhão. Assim como Wágner, ele minimizou o assunto e não entrou em polêmica.

- A liderança está dentro de cada um. Era um clássico e precisávamos da vitória. Era um jogo importante achei que seria legal falar naquela hora. Cada um tem uma maneira de expressão. Aqui tem vários jogadores com esse perfil - destacou Bolívar.