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Preocupação no Botafogo é segurar euforia em torno de Caio

Técnico Joel Santana destaca atacante, mas freia pedidos de sua efetivação na equipe titular do Alvinegro

GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro

Caio comemora com Joel Santana o gol marcado contra o Madureira na quinta-feira

Nas duas partidas em que comandou o Botafogo na terceira passagem pelo clube, Joel Santana teve em Caio o seu talismã. O atacante de 19 anos mostrou-se decisivo nas duas oportunidades em que foi lançado pelo treinador. Contra o América, marcou o gol da vitória por 2 a 1, e na goleada por 4 a 1 sobre o Madureira, na última quinta-feira, balançou a rede uma vez e deu um passe decisivo. Mas ao mesmo tempo em que enalteceu sua qualidade, o técnico fez questão de segurar a onda de euforia que começa a rodear o menino.

Com a suspensão de Herrera pelo terceiro cartão amarelo, Caio deverá ser titular do Botafogo na partida contra o Resende, neste domingo. Em meio a um discreto início de cobrança da torcida pela efetivação do atacante, Joel Santana lembra que será preciso levar muitos aspectos em consideração antes de qualquer decisão.

- Vamos esperar passar a euforia da vitória. É preciso entender que futebol não se resolve em 20 ou 25 minutos. É um garoto promissor, mas o Botafogo é um grupo. É ótimo para nós saber que temos um jogador capaz de acender uma partida. Na primeira partida ele esteve ansioso demais, mas contra o Madureira o achei menos tenso. Foi bom para mim, para o Caio e para o Botafogo. Ele entrou e resolveu o problema, fazendo ficar fácil uma partida difícil. Ele nos ajudou a dar um ippon no adversário - brincou Joel, citando o golpe que é considerado o nocaute do judô.

Após a partida, diretoria e comissão técnica do Botafogo se preocuparam em poupar a imagem de Caio na mídia. Para Joel Santana, o momento é de destacar a qualidade do atacante, mas ao mesmo tempo preservá-lo. Para o treinador, a importância da revelação não tem qualquer relação com o fato de ele ganhar, ou não, a vaga de titular.

- Em 1997, fui campeão aqui no Botafogo com o Dimba na reserva. Ele saiu do banco e fez o gol do título - disse o treinador, lembrando a decisão do Campeonato Carioca contra o Vasco.