Presidente tem nova reunião com lideranças sobre salários em atraso
Maurício Assumpção reconhece situação incômoda e diz que o assunto concentração será sempre decidido entre os atletas e a comissão técnica
Maurício Assumpção teve uma conversa com
lideranças do elenco alvinegro (Foto: Fred Huber)
lideranças do elenco alvinegro (Foto: Fred Huber)
Assumpção avisou aos jogadores que o clube tentará o mais rápido possível colocar as contas em dia.
- Conversei com quatro líderes hoje (terça), mas não tem ultimato,
nunca teve. A cobrança deles é feita de outra maneira. Não é uma
situação que gostaríamos de viver, já que estamos em um ótimo momento
técnico, o melhor desta gestão. Isso nos incomoda muito. Os jogadores
sabem da dificuldade, e o Botafogo sabe que tem que honrar os
compromissos o mais rápido possível.
Sobre a recusa dos atletas de concentrar antes de algumas partidas,
Maurício Assumpção disse que tudo será resolvido entre o elenco e a
comissão técnica, mesmo quando os salários não estiverem em atraso.
Os jogadores sabem da dificuldade, e o Botafogo sabe que tem que honrar os compromissos o mais rápido possível"
Maurício Assumpção
- Conseguimos atingir este nível de profissionalismo e estamos
chateados de acontecer junto com um problema financeiro. Se vai parar ou
não vai parar a concentração, isso vai ser decidido no futebol, com a
comissão. Eles que vão avaliar. Os exemplos já foram dados durante esta
turbulência.
O presidente do Bota disse que fez um grande esforço para reforçar o
grupo a ponto de disputar títulos, e agora tem que pagar a conta.
- Isso passa pela formação do elenco, era um desejo da diretoria fazer
um time tecnicamente e moralmente do nível deste. Foi um grande esforço
trazer o Seedorf. Depois contratamos o Bolívar, Julio Cesar... Não é
barato, mas dá resultado. Fomos campeões cariocas e iniciamos bem o
Brasileiro, mas é óbvio que temos que arcar com as despesas.
Um dos principais obstáculos atualmente para o Alvinegro equilibrar as
finanças é a inesperada interdição do Engenhão. Assumpção afirmou que a
diretoria está buscando alternativas para contornar o problemas e
minimizar a insatisfação dos jogadores.
- A interdição foi extremamente complicada. O Botafogo tinha uma
receita de 25 a R$ 30 milhões e, de uma hora para outra, não podemos
ter. É preciso um planejamento novo, e estamos fazendo isso. Não é
fácil, está sendo muito complicado, mas não temos dúvida que vamos
conseguir fechar. E tem que ser o mais rápido possível, senão atrasa
mais e cria mais insatisfação.
O Botafogo volta a campo nesta quarta-feira, às 22h (de Brasília), em
Aracaju, para enfrentar o Bahia. O Alvinegro é terceiro colocado do
Brasileiro com sete pontos em três jogos.