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Jobson rechaça problema com álcool e, sem arrependimento, procura clube

Jogador treina separadamente no São Caetano à espera de uma nova chance: 'Quero jogar, ou quando estiver velho vou ficar reclamando da vida'

 

Por Thales Soares Rio de Janeiro

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Ainda com apenas 25 anos de idade, Jobson já poderia escrever um livro. Uma biografia com páginas que contariam algumas histórias trágicas e de um talento desperdiçado. Vinculado ao São Caetano até o fim do ano por empréstimo, ele vem treinando separadamente desde o fim do Campeonato Paulista. Sem faltas ou polêmicas internas, o jogador garante que, desta vez, fez tudo certo e não tem motivos para arrependimento.

Jobson está morando em Sâo Paulo com o filho Vitor Leandro, de três anos, e a mãe Maria de Lourdes. Ele rechaçou que tenha problemas com o álcool, como relatou o médico Roberto Hallal, que acompanhou o jogador no começo de 2012, e espera encontrar um clube nas Séries A ou B que o acolha para poder mostrar seu futebol.

- Acho que há coisas que o doutor (Hallal) não tem que falar de mim. Ninguém sabe da minha situação aqui. Tenho 25 anos e as Séries A e B já começaram. Eu quero jogar, ou quando estiver velho vou ficar reclamando da vida - disse Jobson, que fez dois gols em sua passagem pelo São Caetano (veja um deles no vídeo).

Fui ao Sindicato para saber porque não poderia trabalhar e esse cara tinha falado que eu estava sumido há 15 dias. Fico triste. Esse (Genivaldo) Leal é um palhaço"
Jobson, sobre o diretor de futebol do Azulão
 
Contratado pelo Botafogo depois do bom desempenho no Campeonato Brasileiro de 2009, Jobson já passou por Bahia, Atlético-MG, Barueri e São Caetano. Agora, o jogador garante que não teve problemas extracampo, lembrando a polêmica com a ex-mulher Thayne Bárbara, mãe de seu filho, na qual acabou com o braço cortado, o que o afastou dos gramados por cerca de 15 dias.

Em outro episódio, chegou a ser levado para a delegacia por desacato ao tentar escapar de uma blitz. Na ocasião, o carro estava sendo conduzido por um amigo sem habilitação, já que o jogador havia consumido álcool.

- Não fiz nada demais. A única polêmica aqui foi de família, uma discussão com a mãe do meu filho. Dei minha cara para bater no São Caetano. Joguei normalmente, mesmo para cumprir tabela. Nessa mudança de comissão técnica, 15 jogadores foram afastados. Não tenho do que me arrepender. Agora foi diferente das outras vezes. Quem treina comigo sabe do meu dia a dia. Mas vai ver que a culpa de ter sido rebaixado foi minha. Se é isso que querem, então está bem - comentou Jobson.

Ao ser afastado, o jogador chegou a ser proibido de entrar no São Caetano. Jobson foi ao Sindicato de Atletas Profissionais de São Paulo para buscar seus direitos e conseguiu. Ele criticou o diretor de futebol Genivaldo Leal por algumas atitudes tomadas nesse período.

- Achei uma grande sacanagem. Na hora de me ligar para vir, o tratamento foi outro. Estava treinando separadamente até que um dia me barraram. Fui ao Sindicato para saber porque não poderia trabalhar e esse cara tinha falado que eu estava sumido há 15 dias. Fico triste. Esse Leal é um palhaço. Tenho que levantar a cabeça e continuar trabalhando - disse Jobson.

A esperança de conseguir dar certo no futebol não acabou. O São Caetano precisa encontrar outro clube interessado em Jobson para repassá-lo, já que não pode devolvê-lo, a não ser que pague uma multa de R$ 1 milhão. O Botafogo aceita que ele atue por outro clube e promete não criar problema.
Jobson está na expectativa e há pessoas cuidando de sua situação para ela seja resolvida o mais rapidamente possível. O jogador tem contrato até 2015 com o Botafogo. Por enquanto, ele ainda está em São Paulo, mas deve vir ao Rio aproveitar parte das férias durante a paralisação das competições nacionais para a disputa da Copa das Confederações.

- Espero que ainda haja portas abertas para eu jogar na Série A ou na B - afirmou Jobson.